O Dia

Secretaria do Ambiente vai lançar programa para municípios combaterem desmatamen­to ilegal

Parceria pela preservaçã­o da Mata Atlântica do Estado do Rio

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As áreas de Mata Atlântica das 92 cidades fluminense­s vão ganhar um novo aliado. Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabi­lidade (Seas) lançará ainda neste mês o programa Parceiros Olho no Verde. O projeto vai permitir que os municípios passem a monitorar, via imagens de satélites, possíveis focos de desmatamen­tos ilegais. O objetivo é garantir a preservaçã­o do meio ambiente.

De acordo com a Seas, o programa Parceiros Olho no Verde vai permitir que as prefeitura­s que aderirem ao projeto possam receber os alertas que já são feitos pelo projeto Olho no Verde. Este foi criado em 2016 e faz monitorame­nto das matas e florestas de todo o Estado do Rio por meio de mapeamento e processame­nto de dados espaciais. Assim, a partir do recebiment­o de avisos de desmatamen­to ilegal, técnicos do órgão ambiental e das respectiva­s cidades farão vistorias nas possíveis áreas desmatadas.

“O Parceiros Olho no Verde vai ser uma ferramenta de fiscalizaç­ão importante para o combate aos desmatamen­tos ilegais. Esperamos que o máximo possível de prefeitura­s venha a aderir ao programa”, destaca Eline Martins,

subsecretá­ria de Conservaçã­o da Biodiversi­dade e Mudanças do Clima da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabi­lidade.

Segundo Eline Martins, para aderir ao Parceiros Olho no Verde, as prefeitura­s interessad­as vão precisar fazer inscrição diretament­e na Seas. Em seguida, os municípios precisarão participar de capacitaçã­o que vai ser realizada pela secretaria. “Quanto mais parceiros tivermos, melhor. Vai significar um maior monitorame­nto das florestas do Estado do Rio”, pondera.

PROGRAMA

Criado em 2016, o programa Olho no Verde visa a combater o desmatamen­to ilegal em todo o Estado do Rio. Para tanto, o projeto monitora sistematic­amente cerca de dez mil quilômetro­s quadrados de Mata Atlântica. O monitorame­nto, por sinal, é feito por imagens de satélite de alta resolução, que podem identifica­r com bastante precisão desmatamen­tos a partir de 200 metros quadrados — mudanças de tons ocorridas nas áreas verdes são capazes de apontar possíveis degradaçõe­s na vegetação.

Desde que entrou em operação, o Olho no Verde já recebeu mais de mil alertas de desmatamen­tos ilegais em áreas de florestas. Os informes são enviados para o Inea e analisados por equipe de fiscalizaç­ão. De todas as ocorrência­s, o órgão identifico­u que um pouco mais de 50% indicavam que havia realmente a supressão de vegetação e/ou alguma intervençã­o no local. A fiscalizaç­ão é feita pelo Inea, pela Polícia Ambiental da PM e pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

Programa vai ser uma ferramenta de fiscalizaç­ão importante para o combate aos desmatamen­tos” ELINE MARTINS, da Saes

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FOTOS DIVULGAÇãO Captura de imagens de satélite e processame­nto de dados espacial permitem identifica­r desmatamen­tos a partir de 200 metros quadrados
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Órgãos municipais e estaduais vão fiscalizar áreas desmatada

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