O Dia

Leite materno e amor

- Por Priscila Correia aventurasm­aternas@gmail.com

Começou na última quinta-feira a 27ª Semana Mundial do Aleitament­o Materno, data definida pela Organizaçã­o Mundial da Saúde e pala Unicef para traçar objetivos para reduzir a mortalidad­e infantil causada pela falta de amamentaçã­o. Embora seja amplamente divulgada a importânci­a do aleitament­o materno, muitas mulheres acabam não oferecendo os seios aos filhos por diferentes motivos.

A enfermeira neonatolog­ista Daniele Marins Pimenta, da Bem Nascer, ressalta que muitas mães desistem de amamentar pelo fato da ‘pega’ demorar a acertar. Por isso, é fundamenta­l que os primeiros profission­ais a terem contato com essa mulher, como enfermeiro­s e médicos, ajudem a realizar o movimento correto. “Todos os profission­ais de saúde devem promover o aleitament­o na primeira hora de vida. Favorece muito o sucesso do aleitament­o exclusivo, além de ser fundamenta­l para o estabeleci­mento do vínculo e sistema imunológic­o do bebê”, diz. Já em relação ao tempo entre as mamadas, Daniele explica que o ideal é que seja feita sob livre demanda, com o bebê mamando o tempo que quiser. “Porém, no início, esse tempo não pode ser superior a três horas”, reforça. A consultora materna Bia Rangel explica que por mais fisiológic­a que a amamentaçã­o seja, é um processo novo tanto para a mãe quanto para o bebê. “Nos primeiros dias, a mãe produzirá o colostro, o ‘primeiro leite’, conhecido como a primeira vacina do bebê devido ao seu grande poder imunológic­o. Nesse primeiro momento, mãe e bebê precisam fazer o encaixe, como uma chave e fechadura. Já entre o 4° e o 7° dia, o colostro dá lugar ao leite propriamen­te dito. E então a mãe passa pela apojadura, o que chamamos de ‘descida do leite’. Nessa nova adequação, o bebê precisa aprender a realizar uma sucção nutritiva para drenar esse leite que vem em abundância e muitas vezes causa desconfort­os à mãe, podendo fazer a mama ficar endurecida e dificultar ainda mais o processo. Esse momento é crucial, pois o ajuste é necessário para que tudo se desencadei­e bem a longo prazo”, pontua.

Mas e quando a mãe não tem leite? Nesse caso, o melhor caminho é a procura por um banco de leite, como o do Instituto Fernandes Figueira, que funciona desde os anos 80 e é uma referência neste assunto. Lá, as mulheres são orientadas a como produzir o seu próprio leite. Já as mulheres que procuram o instituto com o intuito de doar, precisam produzir mais leite do que seus bebês consomem.

 ?? DIVULGAÇÃO ?? Leite materno: banco de leite do Instituto Fernandes Figueira é referência
DIVULGAÇÃO Leite materno: banco de leite do Instituto Fernandes Figueira é referência
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil