À espera da reativação das estações da Cesário de Melo, na Zona Oeste
A população da Zona Oeste aguarda ansiosamente a reabertura das 22 estações do Transoeste na Avenida Cesário de Melo, fechadas desde maio do ano passado depois de serem diversas vezes vandalizadas. Uma das promessas feitas pelo Rio Ônibus para receber o BRT de volta foi reativar as paradas em três meses. No entanto, os locais continuam abandonados. Circulavam no trecho cerca de 12 mil passageiros por dia, mas a estimativa é de que havia 15 mil calotes diários.
O DIA visitou as estações Cesarão I e II, em Santa Cruz, na quinta-feira, e o cenário ainda era de terror. Vidros quebrados e fios pelo chão, vasos sanitários imundos, cobertores dos sem-teto que dormem no local, garrafas e muita sujeira.
“As estações fazem falta, porque quem estuda ou trabalha em locais como Campo Grande e Paciência depende do péssimo serviço dos ônibus, que demoram muito, ou têm que fazer baldeação. No BRT, a gente esperava poucos minutos para embarcar e chegava mais rápido. O ônibus comum vai parando de ponto em ponto e, quando chega, está lotado”, lamentou a estudante Ana Vitória Coelho Oliveira, de 16 anos, que mora perto das estações desativadas em Santa Cruz.
Cristiane de Oliveira, 45, que trabalha perto da Cesarão II, torce para o BRT voltar às estações da região: “Ficamos à mercê do transporte alternativo ou mofamos no ponto. O ônibus para Campo Grande demora até meia hora para passar. Mas não é só fazer funcionar. Tem que ter segurança e fiscalização contra calote”.
O Rio Ônibus não respondeu ao DIA sobre o cronograma de recuperação das estações.