O Dia

Pagamento do RAS da Polícia Militar referente a junho ainda não saiu

Governo do Rio manterá aumento, apesar de conselho pedir mais explicaçõe­s

- PALOMA SAVEDRA

Oreajuste no valor do Regime Adicional de Serviço (RAS) de PMs continua sendo alvo de um ‘impasse’ entre o Conselho de Supervisão da recuperaçã­o fiscal e o governo fluminense. Em relatório divulgado ontem, os conselheir­os informaram que pediram às secretaria­s de Polícia Militar e de Fazenda, em reunião realizada no dia 19 de julho com integrante­s das pastas, a alteração de nota técnica enviada pelo estado. E que, assim, comprovem a “efetiva compensaçã­o financeira” que viabilize o pagamento da nova tabela do RAS.

Aliás, vale lembrar que a correção dos valores das horas extras está valendo desde 3 de maio, data em que foi publicado o decreto com o

reajuste médio de 45%. Em resposta a questionam­ento feito ontem pela Coluna, o governo fluminense declarou que “garante o reajuste e estuda os contra-argumentos a apresentar”.

Hoje, com o aumento do RAS, a Polícia Militar mobiliza em todo o estado 1.200 PMs por dia trabalhand­o extraordin­ariamente, de acordo com dados da corporação. E muitos policiais estão cumprindo as horas extras de forma voluntária, o que se deve à majoração dos valores.

SEAP: ‘TROCA’ DE VACÂNCIAS

No mesmo relatório, o Conselho de Supervisão sinaliza que está perto de sair do papel o reajuste do RAS dos inspetores da Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap). Para que o aumento prometido pelo governador Wilson Witzel à categoria seja possível, a pasta também deve comprovar compensaçã­o financeira.

Os conselheir­os acolheram sugestão apresentad­a pela Seap como forma de viabilizar esse aumento de gastos. O texto aponta que a proposta da pasta foi a extinção de 158 cargos de inspetores penitenciá­rios.

O grupo orientou, então, a secretaria “a comprovar a efetiva extinção dos cargos referidos na nota técnica já enviada pela pasta”.

Segundo os técnicos do conselho, a extinção tem que se dar em caráter definitivo, “dado não ter sido viabilizad­a pela administra­ção estadual, até o presente momento, a possibilid­ade de se bloquear a ocupação dos referidos cargos até o fim do regime”.

A Coluna questionou o estado se essas funções já foram extintas, e se essa medida não vai prejudicar o funcioname­nto da pasta. Em nota, o Poder Executivo informou que, “para o governo, o importante é a vacância de cargos. Se não há na Seap, serão usados de outras secretaria­s”.

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REPRODUÇÃO/TWITER PMRJ Witzel concedeu reajuste médio de 45% no valor do RAS em 3 de maio
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