Família quer punição dos responsáveis
> Uma tia de Dyogo Coutinho disse que a família ainda não conseguiu entender como puderam ter matado um garoto com chuteiras nas mãos como se fosse um criminoso — ele estava indo treinar futebol quando foi baleado. Segundo ela, o adolescente foi morto à queima-roupa e a família espera que os assassinos sejam punidos.
“Não sei se ele foi confundido, porque não tem como confundir um menino tão saudável com uma chuteira na mão. Ele ia jogar bola diversas vezes na semana lá no Rio. Estava passando tranquilamente para pegar o ônibus, na Estrada da Cachoeira, quando foi pego de forma absurda, sem profissionalismo (por parte dos policiais)”, reclamou.
Colegas que jogavam bola com Dyogo e o técnico do time estiveram na Policlínica do Largo da Batalha, para onde o adolescente chegou a ser levado. O jovem ainda não era jogador federado, mas já treinava na categoria sub-17 do América. Para a família, fica o desejo de justiça e que os procedimentos adotados pelas forças de segurança no estado sejam revistos. “Com essa mudança que os novos governos estadual e federal estão propiciando na área de segurança, esperamos que se atentem mais com os procedimentos ruins”, acrescentou a tia de Dyogo.
Dyogo tinha duas irmãs, de 7 e de 10 anos, que até ontem à noite não sabiam da morte do irmão. O corpo do adolescente deverá ser enterrado hoje no Cemitério São Francisco Xavier, em Niterói.
Procurado, o governador Wilson Witzel não se pronunciou. Por nota, a Polícia Militar confirmou que agentes do Comando de Operações Especiais fizeram uma operação na Grota, além das comunidades do Viradouro e Igrejinha.