O Dia

Preocupaçã­o com pleito na Argentina

‘O Rio Grande do Sul pode virar um estado como Roraima’, diz Bolsonaro sobre eleições

- > Pelotas, Rio Grande do Sul

Jair Bolsonaro também demonstrou preocupaçã­o com o resultado das eleições primárias na Argentina. Fernández, companheir­o de chapa da ex-presidente Cristina Kirchner, teve mais de 15 pontos de vantagem para o presidente Mauricio Macri nas primárias do domingo, que servem como uma espécie de termômetro para a disputa pela Casa Rosada, prevista para outubro.

“Se esta esquerdalh­a voltar na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul um novo Estado, como o de Roraima, e não queremos isso”, disse o presidente, ontem de manhã, em referência ao êxodo migratório provocado pela crise econômica na Venezuela. “Não queremos ver irmãos argentinos fugindo para cá, caso essas eleições se confirmem”.

O presidente ainda vinculou os kirchneris­tas a outras lideranças de esquerda no Brasil, na Venezuela e em Cuba. “Existe uma turma aí que quer roubar nossa liberdade, e essa turma apoia a Venezuela, Cuba e Coreia do Norte. Não podemos esquecer isso”, apontou.

PANOS QUENTES

Ao voltar ao Palácio do Alvorada, em Brasília, Bolsonaro afirmou não querer romper unilateral­mente com a Argentina caso Alberto Fernández ganhe a eleição. Mas voltou a fazer críticas ao cabeça da chapa. “A gente vai ver como é que fica a situação. Eu não quero romper unilateral­mente, mas ele mesmo, o candidato cujo partido ganhou as prévias, falou que quer rever o Mercosul. Esse é o primeiro sinalizado­r de que vai ser uma situação bastante conflituos­a”, avaliou.

Ex-chefe de gabinete de Néstor Kirchner e de Cristina, Fernández foi escolhido como cabeça de chapa pela ex-presidente, que enfrenta problemas na Justiça argentina desde abril. Em julho, ele visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba (PR) e defendeu sua libertação.

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