O Dia

Dedução com saúde na declaração terá um teto

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Outro ponto que não está claro e promete gerar embate é o Imposto de Renda, que vai alterar as faixas para empresas e contribuin­tes. De acordo com o secretário Especial da Receita, Marcos Cintra, o governo estuda reduzir a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) de 34% para algo entre 20% e 25%. Para o cidadão comum não se sabe quanto essa faixa vai mudar.

Um ponto que o governo voltou atrás trata das deduções de despesas. Antes a equipe econômica afirmava que os gastos com educação e saúde sairiam do imposto. Mas ontem Cintra afirmou que o governo pretende estabelece­r um teto de renda para que os brasileiro­s possam ter acesso às deduções de despesas médicas na declaração.

“O que nós pretendemo­s, no que diz respeito a deduções médicas no IR, é estabelece­r um teto”, disse Cintra. “Hoje existe um benefício excessivo a famílias de alta renda, que usam medicina particular e não usam o SUS. O grosso da população usa o SUS e não tem nenhuma dedução”, afirmou. “Vamos estabelece­r um teto que seja justo, e não dê excesso de privilégio­s e benefícios àqueles que não precisam”, acrescento­u.

Em relação às mudanças na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, o secretário disse que estão sendo feitas simulações e que a equipe econômica está atenta a possíveis perdas na arrecadaçã­o.

A proposta de aumentar a isenção para quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 4.990), defendida pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira, traria uma perda de receita de R$ 39 bilhões. Hoje, quem ganha até R$ 1.903,98 por mês está isento.

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