O Dia

MP da Liberdade econômica deve ser votada hoje na Câmara

Entre as mudanças estão o fim da periculosi­dade para motoboys e da anistia de multas

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A Medida Provisória da Liberdade Econômica, que flexibiliz­a ainda mais as relações de trabalho - a exemplo da Reforma Trabalhist­a de Michel Temer - deve ser votada hoje no plenário da Câmara. O relator do texto, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), fez mudanças na MP aprovada pela Comissão Especial para atender a demandas da oposição e corrigir algumas inconstitu­cionalidad­es, segundo ele.

De acordo com o deputado, foram retirados do texto temas que poderiam suscitar questionam­entos sobre sua constituci­onalidade e assuntos que poderiam criar “debates paralelos” e atrapalhar a discussão da matéria.

“Eu trabalhei o texto no sentido de ampliar as medidas que significas­sem a desburocra­tização e a melhoria do ambiente de negócios”, afirmou. “No entanto, eu agora tomei o cuidado de retirar alguns itens que tinha realmente dúvidas quanto à constituci­onalidade e algumas coisas que eram importante­s para alguns segmentos, mas não para a macroecono­mia”, finalizou.

Entre as mudanças estão o fim do adicional de periculosi­dade para motoboys, retira a possibilid­ade de um termo de compromiss­o feito por uma autoridade trabalhist­a ter precedênci­a sobre ajuste de conduta, como os firmados pelo Ministério Público, por exemplo. Além de tirar do texto um artigo que desobrigav­a empresas ou locais de obra com menos de 20 trabalhado­res de criar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).

Sobre a previsão de trabalho aos domingos e feriados, Goergen alterou a obrigatori­edade de uma folga no domingo a cada quatro semanas, como aprovado na Comissão Especial. O texto agora estabelece que esse repouso se dê nesse dia pelo menos uma vez a cada sete semanas.

CAMINHONEI­ROS

Um ponto que deve esquentar os ânimos é a previsão de anistia de multas por descumprim­ento à tabela do frete. Goergen, no entanto, afirmou que o trecho pode ser reincluído no texto, a depender do acordo entre o governo e os caminhonei­ros.

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AGêNCIA BRASIL Para Jerônimo Goergen, alterações acabam com debates paralelos

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