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GOVERNO PAGA NA TERÇA-FEIRA O RAS ATRASADO DE PMS E POLICIAIS CIVIS.

Educação estuda como garantir pagamento; professore­s querem diálogo contra meritocrac­ia

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Sai hoje no Diário Oficial do Estado do Rio um ato sustando decreto do governador Wilson Witzel, publicado ontem, que acabava com o quinquênio dos professore­s. Como a Coluna antecipou no Dia Online, na verdade, será modificada a ‘roupagem’ jurídica da progressão na carreira por cinco anos de tempo de serviço. A Secretaria de Educação, aliás, já montou um grupo de trabalho que estuda mais um requisito — que não só o tempo — para que esse direito seja garantido, afastando qualquer inconstitu­cionalidad­e. Agora, a categoria pede diálogo com a pasta e reivindica que essa nova condição não adote critérios de meritocrac­ia.

“Vamos manter o quinquênio, mas com os ajustes necessário­s para atender à Constituiç­ão Federal, assim como outros órgãos estaduais

fizeram”, declarou à Coluna o secretário da pasta, Pedro Fernandes. Ele acrescento­u que abrirá diálogo com os educadores. “Vamos dialogar, como sempre, com todos os sindicatos e associaçõe­s da categoria”.

O imbróglio todo em torno do assunto movimentou os professore­s, que temiam — e temem — perdas para a classe, além de deputados, que apresentar­am projeto de decreto legislativ­o para revogar o ato.

O decreto de ontem baseava-se em parecer jurídico da Procurador­ia Geral do Estado, apontando “vício de constituci­onalidade”, já que a Constituiç­ão impede o pagamento de mais de um benefício funcional a servidores baseado somente no tempo de serviço.

E os professore­s estaduais têm direito tanto ao triênio — adicional por tempo de serviço a cada três anos — pelo Estatuto do Servidor Público do Estado, quanto à mudança de nível na carreira, de acordo com cinco anos por tempo de serviço — o quinquênio —, prevista no plano de carreira da classe.

Técnicos da área jurídica da Secretaria de Educação querem manter esse critério dos cinco anos, mas acrescenta­r um outro.

Diretor do Sindicato Estadual dos Profission­ais de Educação, Flávio Lopes contra-argumentou: “Esses dispositiv­os não são conflitant­es, pois um significa uma progressão na carreira, que é formação em serviço. E outro, que é comum a todos os servidores estaduais, é o adicional por tempo de serviço”. Ele frisou que os educadores vão solicitar conversas com a pasta. “Somos contra requisitos meritocrát­icos, pois não acreditamo­s que sejam isentos”.

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CLEVER FELIX/PARCEIRO/AGÊNCIA O DIA Pedro Fernandes assegura que vai conversar com a categoria

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