O Dia

Manifestaç­ão contra vítimas da violência

- MARINA CARDOSO marina.cardoso@odia.com.br PALOMA SAVEDRA paloma.savedra@odia.com.br

Uma manifestaç­ão, intitulada ‘Vidas faveladas importam’, partiu do Morro do Borel, ontem à tarde, e percorreu ruas da Tijuca, na Zona Norte do Rio. O evento foi um protesto contra a morte de seis jovens na última semana no estado.

Entoando gritos de ordem pedindo “atenção às vidas faveladas”, os manifestan­tes passaram pelo ponto de ônibus onde Gabriel Pereira Alves foi morto baleado, quando ia para a escola. O pai de Gabriel, Fabrício Alves, participou da manifestaç­ão e recebeu apoio dos jovens e de outros pais que estavam no local.

Ao passarem em frente à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Rua Conde de Bonfim, os sinos da igreja soaram e dezenas de manifestan­tes rezaram juntos o ‘Pai Nosso’, que chamaram de oração da resistênci­a. Ao final da prece, os manifestan­tes pediram o livramento da “morte, da chacina, da ponta do fuzil, da morte iminente, hoje e sempre”.

Durante o evento, organizado pela deputada estadual Mônica Francisco, do PSOL, e por jovens do grupo Brota na Laje, os deputados do PSL Alexandre Knoplock e Rodrigo Amorim estiveram no local, conversara­m com policiais e logo se retiraram.

Mães e pais de outros jovens assassinad­os também estiveram no ato. Bruna da Silva, mãe de Marcos Vinícius da Silva, que também foi morto a caminho da escola durante tiroteio na Maré, em junho de 2018, afirmou: “Meu filho foi morto nessa politicage­m de segurança pública que não funciona”.

Maria Dalva da Costa, mãe de Thiago da Costa, vítima da chacina no Morro do Borel em 2003, também fez críticas: “Não existe justa agressão. O Pacote Anticrime do Moro quer dar a liberdade de qualquer policial acabar com a vida dos nossos filhos”, desabafou.

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REPRODUçãO INTERNET Ato em homenagem a jovens mortos começou no Morro do Borel

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