Bailarino da Taquara vai para concurso na Flórida
disse Raissa na publicação.
De acordo com José Maurício, foi na dança que ele encontrou os passos para superar a timidez. Há dez anos, começou a participar de um projeto da Prefeitura do Rio para conseguir interagir mais com as pessoas e descobriu a paixão pela dança de salão.
ARMA CONTRA A TIMIDEZ
“Eu era muito tímido e comecei a buscar algo que diminuísse minha timidez para ter mais contato com as pessoas. Gostei tanto do curso, que acabei virando instrutor na academia. Também conheci minha namorada, que também já dançava, em um baile. Desde então, não parei de dançar”, revelou.
Apesar de se apresentar em diversos lugares, o gari garante que a dança de salão vai continuar apenas como um hobby. “Eu sou gari há três anos e faço faculdade, danço por prazer. Não dá para conciliar trabalho, estudo e dança. A dança é minha paixão, mas não é meu trabalho”, pondera ele, que atualmente faz faculdade de análise de sistemas. Bernardo Batista Mendes Régis tem um grande desafio pela frente. Aos 10 anos de idade, o menino acaba de ser convidado para participar do concurso ‘American Dance Competition’, que acontecerá em março de 2020, na Flórida. Mas, para realizar o sonho de se apresentar nos Estados Unidos, o jovem bailarino precisa arrecadar R$ 18 mil para arcar com os custos da inscrição e da viagem.
Morador da Taquara, na Zona Oeste, e filho de uma manicure, o garoto se desdobra agora para conseguir o dinheiro e embarcar para a terra do Tio Sam. Não por acaso, a família já até criou uma campanha de arrecadação na internet. “Eu gosto muito de dançar e quero muito ir para o concurso na Flórida”, vibra Bernardo.
Persistente, o balé entrou na vida dele aos sete anos, quando ganhou uma bolsa integral na Escola de Dança Alice Arja, depois que participou de uma mostra de dança com a Escola Municipal Rosa do Povo, na Cidade das Artes. Desde então, não parou mais. Recentemente, Bernardo ganhou uma outra bolsa de estudos, mas para a Miami Citty Ballet, onde participou de um curso de férias. “O curso (Miami Citty Ballet) foi muito bom, eu aprendi muitas coisas e quero fazer muitos outros cursos, para aprender muito mais”, afirma Bernardo.
Trabalhando como manicure, a mãe do jovem bailarino, Carla Mendes, se prepara para conseguir o visto do filho e o dela própria. Ela, por sinal, teve o documento negado para acompanhar o menino no curso do Miami Citty Ballet. “Ele foi com uma vizinha. O meu problema com o visto é que eu não tenho casa própria, não tenho carro, não tenho emprego, trabalho como manicure em casa. É muito difícil conseguir esse dinheiro todo”, revelou, acrescentando que a campanha de arrecadação fica no endereço www. vakinha.com.br/vaquinha/ rumo-ao-concurso-em-st-petersburg-florida.