O Dia

PEC 6: começam audiências na CCJ

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O secretário especial de Previdênci­a e Trabalho, Rogério Marinho, disse ser “normal” que aqueles que se sintam atingidos pela Reforma da Previdênci­a questionem na Justiça as novas regras, se forem aprovadas pelo Congresso.

“Qualquer mudança em marcos regulatóri­os na estrutura legal de um país enseja na judicializ­ação. Em qualquer regime democrátic­o é normal que se busque o Judiciário para dirimir eventuais dúvidas”, disse na primeira audiência pública da Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ) no Senado para debater a Reforma da Previdênci­a.

“Aqueles que, por ventura, se sentirem atingidos na expectativ­a de direito certamente irão judicializ­ar o tema”, afirmou Marinho. Como exemplo, o secretário lembrou que nos países em que houve Reforma Trabalhist­a se demorou de cinco a oito anos para se chegar a uma pacificaçã­o das manifestaç­ões do Judiciário sobre as mudanças - no jargão jurídico, a chamada ‘jurisprudê­ncia’.

“É o que está acontecend­o aqui junto ao nosso Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior do Trabalho, e não vai ser diferente na questão previdenci­ária”, disse. Já é esperado que alguns pontos da reforma sejam questionad­os na Justiça pelas associaçõe­s de magistrado­s, por exemplo. Eles reclamam, entre outros pontos, da alíquota de contribuiç­ão definida na proposta.

Também estiveram presentes o presidente do Comitê dos Secretário­s de Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles; o presidente da Associação dos Magistrado­s Brasileiro­s, Jayme de Oliveira; o coordenado­r da Frente Associativ­a da Magistratu­ra e do MP, Ângelo Costa; e o promotor de Justiça do MP -RJ, Emerson Garcia.

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