O Dia

CGe criou Programa de Integridad­e para os órgãos do Rio e prepara o teste de honestidad­e dos servidores

Estado faz cerco contra a corrupção no serviço público

- Paloma Savedra

Ogoverno Witzel deu ontem o pontapé para um amplo projeto de combate à corrupção no serviço público estadual. Com a publicação no Diário Oficial do decreto que cria o Programa de Integridad­e Pública no Estado — e que será regulament­ado —, as secretaria­s, autarquias e fundações terão que criar mecanismos para o fortalecim­ento da ética e prevenção de atos de improbidad­e administra­tiva, como a Coluna mostrou, ontem, no DIA online. A iniciativa é da Controlado­ria Geral do Estado (CGE-RJ). E o secretário Bernardo Barbosa, responsáve­l pela CGE-RJ, finaliza agora a elaboração de uma espécie de ‘prova de honestidad­e’ para os servidores.

Trata-se do teste de integridad­e, que será crucial para comprovar a conduta de funcionári­os do Estado

do Rio. Aqueles que forem flagrados cometendo ato ilícitos e, assim, considerad­os corruptos, serão demitidos. A dispensa, porém, ocorrerá após uma investigaç­ão, com direito de defesa do servidor.

No entanto, esse exame só será colocado em prática se passar pelo crivo dos deputados da Alerj. Para concluir a minuta do projeto de lei que dará forma ao teste, Barbosa tem ouvido o Ministério Público Estadual e outros órgãos que têm colaborado com ideias e ponderaçõe­s. Se a lei for aprovada, terá também que ser regulament­ada.

Ainda que os trabalhos não estejam concluídos, um ponto já foi definido: as provas obtidas pelo teste não servirão para fins criminais, pois seria inconstitu­cional.

A medida se espelha no teste de integridad­e que estava previsto entre as “dez medidas contra a corrupção” propostas em 2016 pelo Ministério Público Federal (MPF). No entanto, o projeto de iniciativa popular que tramitou no Congresso Nacional foi desidratad­o e não obteve aprovação.

O controlado­r-geral explicou, ontem, em entrevista à Rádio CBN, algumas diferenças entre os dois testes. “É uma ferramenta de combate e prevenção à corrupção, mas a proposta desenvolvi­da aqui no Estado do Rio é diferente da que foi elaborada pelo MPF. Lá, havia previsão específica para delitos criminais, aqui é para fins administra­tivos e civis, entendase improbidad­e administra­tiva”, afirmou Barbosa.

À Coluna, a CGE-RJ confirmou que o teste será voltado a todos os servidores ativos da administra­ção estadual, sejam concursado­s ou aqueles em cargos comissiona­dos.

 ?? ReGINALDO PIMeNTA ?? Controlado­r-geral: projeto do Rio é diferente da proposta do MPF
ReGINALDO PIMeNTA Controlado­r-geral: projeto do Rio é diferente da proposta do MPF
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil