Desemprego continua em alta no Rio. Confira lista com 3 mil vagas para contratação imediata
Na contramão do país, Rio perde 2,8 mil vagas de emprego em julho
OEstado do Rio amarga uma triste estatística de desemprego no país. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na contramão do país - que gerou 43,8 mil vagas de trabalho formal -, o Rio fechou 2.845 postos de trabalho em julho. Junto com o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, o Rio registrou um dos piores índices do país. Mas há uma saída para reverter esse quadro e, consequentemente, a geração de oportunidades para quem está na longa fila de pessoas sem ocupação. Segundo pesquisa de O DIA, há pelo menos 3 mil vagas disponíveis, entre temporárias e com carteira assinada.
A recuperação do nível de emprego, e a consequente recuperação do estado, também passa por medidas nas áreas de segurança, ordenamento urbano, capacitação da força de trabalho, desburocratização, por exemplo, são alguns pontos do “dever de casa” que os governos estadual e municipal precisam tomar para que o Rio volte a ser atrativo a investimentos.
Fernando Lobo, analista de recrutamento e seleção, alerta que o cenário é ainda mais prejudicado por conta da falta de ações governamentais. Segundo ele, não há políticas públicas de geração de emprego e renda no governo Witzel. “Estamos no oitavo mês do mandato e até agora não foi levantada nenhuma pauta sobre política pública de geração de emprego e renda. O primeiro semestre foi muito ruim e o segundo está começando pior ainda. E isso também se reflete na Prefeitura do Rio, a situação é uma tragédia”, afirma.
“O governo do estado precisa melhorar a segurança pública, reorganizar as finanças, modelar concessões e parcerias para atrair investimentos”, pontua o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), que faz parte da bancada do Rio na Câmara. “É preciso também criar um ambiente favorável para as áreas de tecnologia, para a indústria 4.0, com centros de ensino profissionalizantes, por exemplo”, acrescenta.
Também deputado federal pelo Rio, Alessandro Molon (PSB-RJ) chama atenção do papel do governo federal na recuperação das economias que passam por crise: “Juros mais baixos e melhores condições de empréstimo são da alçada do governo federal, com esses dois pontos, aliados à capacitação da força de trabalho, poderiam melhorar o ambiente de negócios”.
As sequelas da corrupção foram destacadas por Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDL-Rio). “Os governos anteriores focaram na indústria do petróleo, destinaram investimentos - que foram desviados - para este setor e deixaram a indústria de transformação de lado. E isso impactou diretamente o comércio e o setor de bens e serviços”, avalia. “São necessárias medidas estruturais para atrair investimentos”, finaliza Aldo.
Acredito que por ter passado dos 50 anos, a idade pesou e foi mais difícil conseguir encontrar uma vaga de emprego. FRANCISCO DE ASSIS, auxiliar de acesso