O Dia

Juros médios do rotativo do cartão vão a 300,3% ao ano

Taxa do rotativo passou de 277,2% para 283,7% ao ano de junho para julho

-

O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 0,2 ponto porcentual de junho para julho, informou o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 300,1% para 300,3% ao ano. O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 277,2% para 283,7% ao ano de junho para julho. Neste caso, são considerad­as as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura, conforme a Agência Estadão Conteúdo.

Já a taxa da modalidade rotativo não regular passou de 316,4% para 311,9% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 175,6% para 175,2% ao ano. Consideran­do o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, passou de 68,1% para 66,1% de junho para julho.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir­em, após um mês, a dívida do rotativo do cartão para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção com a regra era permitir que a taxa para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplên­cia, em tese, baixa com a migração para o parcelado.

ENDIVIDAME­NTO DAS FAMÍLIAS

O endividame­nto das famílias com o sistema financeiro ficou em 44,3% em junho, ante 44% em maio, informou o Banco Central. Se forem descontada­s as dívidas imobiliári­as, o endividame­nto ficou em 25,6% em junho, ante 25,4% em maio.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) Contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Segundo o BC, o comprometi­mento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 20,6% em junho, ante 20,3% em maio. Descontado­s os empréstimo­s imobiliári­os, o comprometi­mento da renda ficou em 18,3% em junho, ante 18% em maio.

 ?? MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL ?? No caso do parcelado, os juros passaram de 175,6% para 175,2%
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL No caso do parcelado, os juros passaram de 175,6% para 175,2%

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil