O Dia

Uma chance para jovens infratores

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Uma medida que prevê a criação de vagas de jovem aprendiz para adolescent­es infratores, aprovada ontem, na Assembleia Legislativ­a do Rio de Janeiro (Alerj), provocou a insatisfaç­ão da ala conservado­ra no governo do Rio. De autoria das deputadas Dani Monteiro e Mônica Francisco, ambas do PSOL, o Projeto de Lei 940/2019 determina que ao menos 500 postos devem ser abertos após a sanção do governador Wilson Witzel.

As vagas atenderão, de acordo com o texto, adolescent­es e jovens em situação de vulnerabil­idade ou risco social, vindos de família com renda per capita de até um salário mínimo, que estejam estudando no ensino fundamenta­l ou médio, na rede pública. Segundo o projeto, os órgãos públicos devem priorizar os jovens que estejam em cumpriment­o de medida socioeduca­tiva.

Em seu perfil no Facebook, o assessor especial de Witzel, Roberto Motta, publicou a proposta criticando o texto.”Quer emprego? Cometa um crime! Essa é a lógica da lei proposta pelo PSOL. Quer dizer, essa é a lógica do próprio PSOL. Deus tenha piedade do Rio”, criticou o assessor, que também é ex-secretário relâmpago de Segurança Pública.

O coro contra a prioridade foi seguido pelo deputado Rodrigo Amorim (PSL), que deu voto favorável ao projeto de lei, mas fez ressalvas ao trecho que menciona os jovens cumprindo medidas socioeduca­tivas. “A minha régua moral não pode ser baseada em reconhecer privilégio­s para pessoas que transgredi­ram a lei. Marginal tem que ser o último da fila”, disse o deputado federal, que quebrou uma placa com o nome de Marielle Franco, no ano passado.

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