Novo modelo de delegacias divide policiais no Rio
PMs elogiam, mas sindicato de policiais civis se preocupa com realocações
Oprojeto do governador Wilson Witzel de acabar com o atual modelo de delegacias de polícia causa preocupação entre policiais. O motivo é a realocação dos agentes, que acabarão sendo transferidos de unidades. A promessa de Witzel é de acabar com ao menos 150 delegacias.
Ainda que os policiais entendam que mudanças também são “ossos do ofício”, há um receio de serem obrigados a longos deslocamentos. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol-Rio), Marcio Garcia, faz um apelo para os gestores. Garcia lembra que, no momento da realocação do servidor, é preciso levar em consideração o local onde os agentes moram.
“A extinção de delegacias poderá trazer alguns transtornos para policiais que irão ser deslocados de suas atuais lotações, cabendo aos gestores de pessoal da Polícia Civil organizarem o efetivo a fim de otimizá-lo para o aproveitamento o mais próximo de suas residências, o que será produtivo para o servidor e para a instituição”, declarou.
Os delegados também serão afetados com as novidades anunciadas pelo governador.
Por isso, a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio (Sindepol-RJ), Isabelle Conti, ressalta que as mudanças desses profissionais devem ser justificadas e “dentro da razoabilidade”. Isabelle pondera que, quando os delegados prestam concurso, sabem que a Polícia Civil atua em todo o Estado do Rio. Com o ‘afunilamento’ das unidades, no entanto, será preciso fazer um trabalho de logística sem que penalize os profissionais. “Existe lei federal que garante que o delegado não será removido de unidade se não houver fundamento para isso”, disse.