O Dia

AGOSTO FOI MARCADO POR MORTES

Jovens inocentes viraram alvo da guerra sem fim no Estado do Rio

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O mês de agosto foi marcado pela morte de jovens assassinad­os a tiros, na Região Metropolit­ana do Rio. Em pelo menos duas ações, a Polícia Militar estava envolvida. Foram mortos a tiros Gabriel Pereira Alves, de 18 anos; Lucas Monteiro dos Santos Costa, de 21; Tiago Freitas, de 21; e Henrico de Jesus Viegas de Menezes Júnior, de 19 anos.

Dyogo sonhava ser jogador de futebol, foi morto com um tiro nas costas durante operação policial na Favela da Grota, em Niterói. Parentes afirmam que não havia confronto no momento em que o rapaz foi atingido.

Gabriel, que também tinha o sonho de se tornar jogador de futebol, foi atingido por uma bala perdida, enquanto esperava por um ônibus para ir à escola, na Tijuca, Zona Norte. O disparo que o acertou no peito teria partido da arma de traficante­s que atacaram a UPP Borel, em represália a ações da PM na comunidade.

Já Henrico morreu vítima de uma bala perdida durante um tiroteio entre polícia e criminosos em Magé, na Baixada Fluminense.

Lucas e Tiago foram executados por um grupo que invadiu uma festa, em Água Santa. Segundo a Polícia Militar, os atiradores já haviam fugido quando equipes do 3º BPM (Méier) chegaram ao local, na Rua Paconé, no Encantado. De acordo com as investigaç­ões, o ataque teria ocorrido após um desentendi­mento na própria festa.

Os dados do Instituto de Segurança Pública de agosto ainda não foram divulgados. Em julho, o número de mortos em confrontos com a PM bateu recorde histórico com 194 mortes.

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ARQUIVO PESSOAL dyogo e Gabriel: sonhos com futebol, mesmo destino trágico

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