Choque de estilos na primeira partida
Preocupado com a defesa na reestreia de Oswaldo de Oliveira, Tricolor perde poder ofensivo dos tempos de Fernando Diniz
Apesar da promessa de Oswaldo de Oliveira de manter o estilo ofensivo do Fluminense, o que os torcedores viram no Maracanã, contra o Corinthians, foi uma mudança drástica. A preocupação defensiva ficou evidente e a postura não foi a que os tricolores se acostumaram em 2019, mostrando que a busca pelo equilíbrio entre ataque e defesa com a nova filosofia de trabalho não será fácil.
“Não pode fugir de nossa característica. Temos que encontrar um equilíbrio, não fomos efetivos no nosso estilo de jogo”, analisou o goleiro Muriel.
Em campo, os jogadores pareciam ter dificuldade para dosar a nova filosofia de Oswaldo com a do antecessor Fernando Diniz. Ao contrário das trocas de passes com paciência, a orientação era buscar finalizar as jogadas mais rapidamente. Com isso, aumentaram os lançamentos e cruzamentos para a área, assim como os erros. Em compensação, as chances criadas diminuíram drasticamente: em duas partidas, o time fez um gol — em jogada de bola parada — e só levou perigo em chutes de longa distância.
“Não ficamos perdidos. As metodologias são diferentes, mas os jogadores têm que entender o mais rapidamente possível a do Oswaldo. Acho que a gente tem que esquecer o Diniz e dar continuidade ao trabalho”, minimizou Allan.
Apesar da maior preocu
pação com a defesa, o Fluminense, além do gol da eliminação, concedeu chances claras (Muriel salvou três vezes cara a cara). A saída de bola também se mostrou muito pior, com menos jogadores dando opções para o goleiro e os zagueiros saírem jogando.
“Não adianta partir para frente de qualquer maneira e desguarnecido. A melhora vem com treinamento. Gradativamente, vou procurar impor a maneira que eu penso e acho que o futebol tem de ser jogado”, avisou Oswaldo.
No cobertor curto entre ataque e defesa, o Fluminense terá pouco tempo para se readaptar. Com jogo decisivo contra o Avaí segunda-feira, o equilíbrio