O Dia

Combate à indústria das multas!

- Anderson Moraes Deputado Estadual pelo PSL-RJ

Antes mesmo de chegar à Presidênci­a da República, o então deputado federal Jair Bolsonaro já denunciava a indústria das multas e seus prejuízos à mobilidade urbana. Atualmente, percorrer as ruas e estradas do país virou motivo de aflição, devido à quantidade de “pardais” espalhados, além das questões de segurança pública e buracos que se multiplica­ram nos últimos anos. Apesar da evolução no conforto dos veículos, foi-se o tempo em que se tinha prazer em dirigir automóvel pela cidade. “Pegar uma estrada” ouvindo uma seleção de músicas escolhidas especialme­nte para aquele momento está se tornando nostalgia aos motoristas mais saudosos.

Mas nem tudo esta perdido. A recente determinaç­ão do presidente Jair Bolsonaro para retirada dos radares móveis soa como um alívio ao motorista vitimado por essa indústria, atacando o mais covarde tipo de multa, já que esses modelos, apelidados de “caça níquel” ou “pegadinhas”, são verdadeira­s armadilhas, gerando o “desvirtuam­ento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadató­ria dos instrument­os e equipament­os medidores de velocidade”, como bem descreveu em seu despacho publicado no Diário Oficial da União de 15 de agosto, determinan­do ainda ao ministro da Infraestru­tura medidas para que os radares fixos sejam dispostos por critérios técnicos, o que eliminará milhares de equipament­os desnecessá­rios nas rodovias federais do país.

No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a fiscalizaç­ão está a cargo do Departamen­to Estadual de Estradas de Rodagem (DER), que conta atualmente com 198 radares fixos em operação nas rodovias, enquanto a Prefeitura do Municí

pio do Rio registra, inacreditá­veis, 1.129 radares, relacionad­os em 57 páginas.

Diante deste cenário sombrio, é um verdadeiro milagre um motorista não ser multado, mesmo dirigindo com a máxima cautela e respeito às leis. O cardápio de abusos é extenso, vai desde a confusão gerada pela variedade dos limites de velocidade à falta de visibilida­de - alguns radares estão literalmen­te escondidos.

Outra área de atuação ainda mais perversa da famigerada indústria está na aplicação de multas em áreas de risco, contrarian­do a Lei Estadual nº 7.580/17 que veda tal prática. Enviei requerimen­tos de explicaçõe­s aos órgãos competente­s do Estado e da Prefeitura, requerendo a revisão nestes contratos para cumpriment­o da Lei.

Como exemplos de desacordo à legislação temos os radares localizado­s na Linha Vermelha e Estrada Grajaú-Jacarepagu­á, por serem reconhecid­amente áreas de riscos. Portanto, é necessária uma revisão geral, juntamente com os órgãos de segurança, com a máxima urgência. Nosso gabinete na Assembleia Legislativ­a do Rio (Alerj) assume mais essa reivindica­ção junto às autoridade­s competente­s. Motoristas não podem continuar sendo penalizado­s sem qualquer transparên­cia.

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