O Dia

Aumenta a rejeição a Bolsonaro, diz Datafolha

Reprovação ao governo Bolsonaro aumenta, diz pesquisa do Datafolha

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Pesquisa revela que 38% dos brasileiro­s reprovam o trabalho realizado pelo presidente. Do outro lado, número de quem considera o governo bom ou ótimo caiu de 33% para 29%.

Em meio à crise diplomátic­a agravada pelas queimadas na Amazônia, uma pesquisa elaborada pelo Datafolha, divulgada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo, registrou o aumento da reprovação ao governo Bolsonaro. De acordo com o instituto, o percentual de rejeição subiu de 33% para 38% em comparação com o levantamen­to feito em julho. Foram ouvidas 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios brasileiro­s, entre os dias 29 e 30 de agosto.

Jair Bolsonaro (PSL) contestou a credibilid­ade do estudo em duas ocasiões. Pela manhã, comentou o assunto em entrevista concedida no Palácio da Alvorada, em Brasília. “Alguém acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel?”, questionou. À tarde, usou o seu perfil no Twitter para voltar a fazer críticas. “Segundo o mesmo Datafolha que diz que eu seria derrotado se as eleições fossem hoje, eu perdi as eleições de 2018. Muito confiável!”, tuitou, ao compartilh­ar uma imagem do site do PT com uma pesquisa feita entre os dias 26 e 28 de setembro de 2018, uma semana antes do primeiro turno.

Alguém acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel? Jair Bolsonaro, presidente

QUEDA MAIS EXPRESSIVA

Segundo o levantamen­to, a aprovação teve a queda mais expressiva desde o início do governo. E caiu, principalm­ente, entre os mais ricos, de 52% para 37% para os entrevista­dos com renda mensal acima de dez salários mínimos. A rejeição saltou no Nordeste, de 41% para 52%. No começo de julho, o presidente insultou os gestores do Nordeste, descrevend­o-os como “governador­es de Paraíba”. O total de entrevista­dos que consideram o governo como “ótimo ou bom” caiu de 33% para 29%, dentro da margem de erro da pesquisa. Como na última pesquisa, 30% consideram o governo como “regular”. Também aumentou a rejeição

ao comportame­nto do presidente. Para 32%, ele não se comporta de forma adequada para o cargo em nenhuma ocasião, alta de 7 pontos.

Se o segundo turno da eleição fosse agora, Fernando Haddad (PT) seria eleito com 42% dos votos, contra 36% de Jair Bolsonaro, indica a pesquisa. Outros 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder. No segundo turno da disputa, em 28 de outubro de 2018, Bolsonaro foi eleito presidente com 55,13% dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos). Haddad obteve 44,87%.

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ANTONIO CRuZ/ AGÊNCIA BRASIL

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