O Dia

Sistema pré-pago para gás natural

Proposta em estudo tem objetivo de reduzir valor da tarifa para consumidor de baixa renda

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A população de baixa renda no estado pode passar a contar com sistema pré-pago de consumo de gás natural canalizado. O modelo será apresentad­o por uma comissão técnica ao conselho diretor da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) em 60 dias. A ideia, em estudo pelo governo estadual, é que a nova forma de pagamento resulte na queda de preço aos usuários finais mais pobres para que adequem o consumo à capacidade de pagamento. Não há estimativa que quanto seria a redução do valor.

Segundo a Agência Estadão Conteúdo, nos próximos dois meses, os técnicos da Agenersa vão se debruçar sobre a viabilidad­e técnica e também econômica da instalação de medidores de consumo, com foco no pré-pago, em residência­s e prédios comerciais atendidos pelas concession­árias CEG e CEG Rio, empresas do grupo Naturgy.

“O modelo de recarga fracionada já é uma realidade em outros países, como no México, cuja operação do sistema é realizada pelo mesmo grupo responsáve­l pela Ceg e Ceg Rio. Esta categoria beneficia os usuários de baixa renda, que necessitam do acesso a gás residencia­l canalizado a custos e condições adequadas a sua realidade”, afirma o conselheir­o presidente da Agenersa, Luigi Eduardo Trosi.

Em nota, a agência reguladora informou que o pagamento pré-pago da tarifária de gás canalizado é coerente com os “avanços na política de desenvolvi­mento do mercado de gás, com regulament­ação adequada e a consequent­e redução do preço final do insumo aos usuários”.

GLP FRACIONADO

Já o governo federal analisa medidas para baixar o preço do gás de cozinha (GLP). A intenção é permitir o fracioname­nto da venda do botijão o que, de acordo com o governo, poderia provocar a quede de até 50% no valor do produto.

Conforme O DIA noticiou em 17 de julho, “a questão é estudada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombust­íveis, no âmbito da Tomada Pública de Contribuiç­ões 7/2018”. Se venda fracionada for implementa­da, vai dar ao consumidor a opção de compra por quilo em postos de revenda. O governo pretende, com a medida, atender à demanda de pessoas mais pobres que não têm condições de comprar a botija de 13kg.

O aumento da participaç­ão de empresas tanto no mercado de produção quanto na distribuiç­ão também é estudado para reduzir o preço do produto ao consumidor.

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