O Dia

Sociedade plural, respeito mútuo

- Otoni de Paula Deputado Federal pelo PSC-RJ

Antes de opinar sobre a polêmica envolvendo a Prefeitura do Rio e uma história em quadrinhos, quero manifestar meu respeito ao ser humano com todas suas complexida­des. Entendo que, independen­temente de posições sobre homossexua­lidade, qualquer ato de violência física ou psicológic­a contra alguém por causa de sua opção sexual deve ser combatido.

Um país só é pleno com respeito às individual­idades. Garantia essa dada pelo próprio Criador, que, embora tendo opinião contrária a alguns comportame­ntos, concede ao homem o direito de viver suas escolhas. Ninguém pode ser desrespeit­ado por ser homossexua­l. Nenhum cristão será plenamente cristão se não revelar em suas atitudes o amor ao próximo.

A polêmica envolvendo a prefeitura e os organizado­res da Bienal do Livro,

A prefeitura errou. Agora, mais errada está a Marvel, que abusa da confiança dos pais. E isso não vamos admitir

por conta desse gibi, precisa ser analisada sem paixões. A Marvel Studios revolucion­ou a indústria de filmes de heróis. Apenas a “cultura nerd” tinha maior conhecimen­to de tantos heróis. Da Marvel, só conhecíamo­s os mais famosos, como Hulk e Homem Aranha. Hoje, quase toda festa infantil tem os outros personagen­s como tema.

Onde começa o erro da Marvel? Em mais de uma década, com mais de 20 filmes, ela não fez menção a nenhum “herói gay”. Ela trai a nós, pais, e a seu público infanto-juvenil quando vende uma imagem no cinema e outra nos gibis, ainda mais com título: A Cruzada das Crianças.

Então que a Marvel “saia do armário” nos cinemas. É preciso ter coerência! Mas, sabe por que ela não levanta a bandeira LGBT na telona? Porque terá queda nas bilheteria­s. Diversos pais que compraram o livro não esperavam um romance entre homens. Eles preferiria­m explicar às crianças, no momento que julgassem certo, o que é uma relação homossexua­l.

Não se trata de discrimina­ção à sexualidad­e, e sim respeitar a educação judaico-cristã sobre a qual nossa sociedade foi formada. Estamos vendo uma guerra ideológica capitanead­a pelo surgimento da cultura gay, criada pelo movimento LGBT. O problema é quando invadem o espaço dos pais.

A prefeitura errou, pois não era de sua competênci­a apreender livros. Agora, mais errada está a Marvel que, de forma intenciona­l, abusa da confiança dos pais. E isso não vamos admitir. Diz o artigo 12, inciso IV da Convenção Americana sobre direitos humanos: os pais, e quando for o caso os tutores, têm direito a que seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja acordo com suas próprias convicções. Se a sociedade é plural, o respeito deve ser mútuo.

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