PELO SIM, PELO NãO: UM VENTINHO
Aos três meses, Maya, uma husky siberiana, aprendeu a virar o ventilador para ela. Também pudera, ela mora em Vargem Grande, onde as temperaturas costumam passar do 40 graus. Hoje, com quase 11 meses, também adora um ar-condicionado e gelo.
É que animais de origem nórdica, como Maya, sentem muito mais calor do que a maioria dos outros cães e gatos e, nas altas temperaturas que se aproximam, é preciso ter cuidado dobrado.
A conselheira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio (CRMV-Rio) e especialista em clínica médica, Andréa Machado, explica que isso acontece porque cães oriundos de países com temperaturas abaixo de zero têm duas camadas de pelo: subpelo, que é mais denso e funciona como um casaco para aquecê-los, e o pelo superior, que é mais comprido.
É como se Maya vestisse o tempo todo um casaco, por isso, precisa ser hidratada com mais frequência. Essa é a principal recomendação de Andréa para quem tem husky, São Bernardo, chow chow, akita, terra nova e outros pets oriundos de países muito frios. Além disso, o tutor deve ficar muito atento ao comportamento do peludo: prostração, língua o tempo todo para fora e agitação também podem ser sinais de calor.
E, ao contrário do que se imagina, molhar o cão o tempo todo para refrescá-lo não é recomendável, como alerta Andréa. Ela explica que o pelo molhado pode causar problemas de pele e que é preciso sempre secar bem o animal. Outro cuidado é tosá-los com tesoura e não com máquina, que deixa a pele exposta e suscetível a doenças, já que o subpelo é uma proteção natural do animal.
Mas, de acordo com Andréa, pets como Maya já se adaptaram ao nosso clima devido à troca de pelagem já que estão já há tantos anos no Brasil.
E para quem tem gatos persa, angorá, maine coon e ragdoll ou outras raças de originários de países gelados também sãso as mesmas porque as nossas altas temperaturas também afetam muito os felinos.