Bombeiros realizaram, ontem, uma vistoria no hospital a pedido da Defensoria Pública da União
Risco de incêndio causa medo a pacientes do HFB
Mi l i t ares do Corpo de Bombeiros ( CBMERJ) vistoriaram, na tarde de ontem, as dependências do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), para avaliar a condição das instalações elétricas e medidas de segurança contra incêndio. A inspeção atendeu a um ofício da Defensoria Pública da União (DPU), que cobra respostas sobre as condições do sistema elétrico da unidade.
Segundo relatório feito por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), vinculado ao Ministério da Saúde, em abril deste ano, a unidade, que realiza cerca de 15 mil consultas e acomoda 1.300 pacientes internados, tem alto risco de incêndio.
Filha de um desses pacientes, Ilma Rocha, de 42 anos, diz que seu pai, Roberto Olinto, de 75, paciente do hospital há mais de 15 anos, sempre presenciou problemas estruturais na unidade. “Como meu pai era eletricista, ele via a condição das instalações e comentava com a gente. Eu mesma tenho presenciado isso. É arcondicionado em péssimo estado de conservação, com fiação exposta e emendas. Aqui também falta sinalização das saídas de incêndio”, comenta a moradora da Penha, que, apesar dos problemas, se diz satisfeita com o atendimento recebido pelo pai na unidade.
Para o casal de Deodoro, Almir Bandeira, de 70; e Aldicea Barbosa, de 69, cada um dos seis prédios do hospital tem uma condição diferente. “Não vemos nenhum desses problemas no prédio 1, que é onde a minha esposa é atendida, mas sabemos que existem alas no hospital com problemas. Hoje, inclusive, presenciamos uma vistoria da brigada de incêndio enquanto ela era atendida”, comentou o aposentado.
Um funcionário do hospital, que preferiu não se identificar, contou que os problemas de infraestrutura da unidade já acontecem há pelo menos dez anos.
Procurada, a direção do hospital federal afirmou que, desde que foi notificada pelo Ministério da Saúde, em abril, realiza ações para reduzir o risco de incêndio na unidade. Entre elas está a aquisição de mesa de transmissão para suporte de energia, responsável por ligar e controlar os geradores em caso de interrupção de fornecimento, e o isolamento de área adjacente ao transformador e geradores na subestação.
Ainda segundo a gestão do hospital, as medidas preventivas serão concluídas até o fim do ano. Com início das obras da subestação de energia previsto para começar em 40 dias.
O Copor de Bombeiros informou que o resultado da visita às dependências da unidade de saúde será enviado para a DPU, mas não estipulou prazo.