O Dia

Outros hackers ligados a vazamento

- > Brasília, Distrito Federal

A Polícia Federal deflagrou, ontem de manhã, a segunda fase da Operação Spoofing, que investiga a invasão de celulares de pelo menos mil pessoas. Entre elas, autoridade­s como o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Sergio Moro e os procurador­es da Operação Lava Jato. Na ação, foram presos o programado­r de computador­es Thiago Martins, o Chiclete, e Luiz Molição.

Segundo a investigaç­ão, Chiclete se encontrou com Walter Delgatti Neto, o Vermelho, em Brasília. Ele já esteve envolvido em um episódio de compra de uma Land Rover com Tulio Guerreiro, ex-jogador de futebol do Botafogo e do Corinthian­s. Cerca de 30 policiais federais participar­am das ações em quatro imóveis ligados aos investigad­os. As ordens foram cumpridas em São Paulo, Sertãozinh­o (SP) e Brasília.

Na primeira etapa, foram presos quatro investigad­os. Entre eles, Walter Delgatti Neto, o Vermelho, que confessou o hackeament­o e o repasse das i nformações para o portal The Intercept, que tem divulgado diálogos atribuídos a Moro e aos procurador­es.

SUSPEITO NEGA PAGAMENTOS

O hacker disse que não cobrou contrapart­idas financeira­s para repassar os dados. Além dele, descrito como líder do grupo, a primeira fase da operação prendeu Gustavo Henrique Santos, o DJ de Araraquara, sua mulher, Suellen Priscila de Oliveira, e Danilo Cristiano Marques, no fim de julho. A PF tem focado em desvendar se houve pagamento para a obtenção e compartilh­amento de mensagens por parte dos hackers. No fim de agosto, novas medidas foram pedidas relacionad­as à apuração de fraudes bancárias.

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