O Dia

Poupança mantém segurança

Mesmo com queda de juros, caderneta atrai quem evita se arriscar

- Reportagem da estagiária Larissa Esposito, sob supervisão de Max Leone.

Com a redução da taxa básica de juros (Selic) de 6% ao ano para 5,5% ao ano, a poupança se mantém como a forma de investimen­to mais segura para quem não quer arriscar suas economias. Mesmo rendendo um pouco menos por estar atrelada à Selic, a caderneta não tem desconto de taxa de administra­ção ou Imposto de Renda, como ocorre em fundos de renda fixa.

O rendimento da poupança leva em conta a seguinte regra: se a Selic for menor que 8,5%, o saldo na conte será remunerado por 70% da taxa básica mais TR, que atualmente está zerada. Assim, o resultado fica em 3,85% ao ano e 0,32% ao mês, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administra­ção e Contabilid­ade (Anefac).

Sob esse cenário, simulando um investimen­to no valor de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses, o cliente terá rendimento de R$ 617 para poupança antiga (até 3 de maio de 2012) e R$ 385 para caderneta nova, totalizand­o R$ 10.617 e R$10.385, respectiva­mente.

“A rentabilid­ade é positiva, mesmo que seja pouca. Além disso, mantém o poder de compra”, diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac.

Nos fundos, a taxa de administra­ção pode ser um empecilho. Por exemplo, com 3% ao ano, o rendimento acumulado fica em R$304, refletindo em um total de R$ 10.304 para investimen­to de R$ 10 mil. O fundo só seria vantajosa com taxa de 1%.

Por isso, Miguel José afirma: “Para quem tem baixos valores, a poupança ainda é a alternativ­a mais atrativa”.

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