Para economizar, INSS vai dispensar vigilantes
Medida afetará postos de atendimento, e servidores já falam em suspender perícias por falta de segurança.
OINSS, seguindo determinação do Ministério da Economia, vai adotar medidas de racionalização de gastos. Ou seja, implementará cortes de despesas. Até aí, normal, o país atravessa um período econômico difícil, mas em se tratando de segurança, o “olhar” do instituto poderia ser outro. A Portaria 2.517/2019, assinada pelo presidente do órgão, Renato Rodrigues Vieira, visa reduzir em 40% o quadro de vigilância ostensiva e eletrônica em todo país. E isso afetará, principalmente as agências da Previdência no Rio, segundo denúncia feita ao DIA.
Segundo servidores, não só os médicos peritos ficarão vulneráveis com o corte, mas o patrimônio do instituto também. “Hoje o Rio tem a maior quantidade de imóveis públicos do Brasil e o INSS é o ‘carro chefe’, inclusive muitos locais já foram invadidos”, alerta uma fonte ouvida pelo DIA.
No rol de locais suscetíveis a invasões, segundo a denúncia, estariam uma casa em Copacabana, vários imóveis na Baixada Fluminense, distribuídas em Nova Iguaçu e Caxias, além de terreno em Itaguaí, entre outros.
As perícias somente vão ocorrer se o número de vigilantes for mantido. “Para a perícia médica vai permanecer o quantitativo de um segurança para cada quatro consultórios. Onde não houver esse quórum mínimo de seguranças, nós iremos suspender o atendimento pericial por falta de segurança”, adverte Francisco Cardoso Alves, presidente da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP).
Mas, segundo ele, esse corte não irá afetar a segurança dos peritos. E garante: “A ANMP ficará vigilante”.
Onde não houver segurança, suspenderemos o atendimento FRANCISCO ALVES, ANMP