CONCORRENTE ACIMA DA MÉDIA
O Dia avaliou a versão mais completa do Onix Plus que chega com motor turbo econômico, segurança exemplar e ótimo nível de equipamentos
OOnix Plus é a prova que a Chevrolet não brinca em serviço quando o assunto é o segmento dos sedãs compactos. Substituto do já popular Prisma, o lançamento surpreende pelo seu espaço interno, motor potente e nível de tecnologia embarcada, além, é claro, da segurança. Isso tudo, pelo preço da linha anterior. Com versões a partir de R$ 58.790, que podem chegar a R$ 77.780 na mais completa Premier II, o modelo chega para incomodar concorrentes de peso e tamanho, como Volkswagen Virtus e Fiat Cronos.
Por uma semana, rodamos com a versão mais completa do sedã, a Premier II. A opção acrescenta rodas de liga aro 16, faróis do tipo projetor, luzes de posição e lanternas de LEDs e bancos com revestimento de tecido e imitação de couro. Além disso, há ar-condicionado digital, alerta de ponto cego, park assist e interior em dois tons (preto e caramelo).
Nesse período de avaliação, rodamos por cerca de 400 km dentro da cidade e não foram poucas as vezes em que fomos abordados por curiosos. “É o novo Cruze?”, questionou um. Um segundo, proprietário de um Cobalt, perguntou se era a nova geração do seu modelo. E a confusão até que faz sentido, já que o Onix Plus tem tamanho para ser confundido com os irmãos maiores. São 4,47 m de comprimento (20 cm a mais que o Prisma), 1,73 m de largura, 1,47 m de altura e 2,60 m de entre-eixos.
Em comparação com a linha anterior, outro quesito que mudou bastante foi o design. As linhas estão mais elegantes. Farol afilado com projetores elípticos, DLR no parachoque e grade frontal ampla deram outra cara ao substituto. Atrás, abertura maior para o porta-malas e lanternas em LED complementam a ideia de subida de categoria. Pena o porta-malas ter perdido 31 litros de capacidade, passando para 469L. O compartimento ainda é maior que o do Cruze que tem 440L.
Ao entrar no sedã, a ordem de comparação se inverte e vemos o Onix Plus mais perto do Cruze. Apesar de ter plástico na maioria das superfícies, têm aspecto de melhor qualidade e texturas diferentes. No painel central, por exemplo, há apliques em caramelo e detalhes cromados nas saídas de ar-condicionado, painel de instrumentos e console. As peças são bem encaixadas e não há rebarbas ou parafusos aparentes. Vale destacar que não precisamos nem tirar a chave do bolso para acessar e dar a partida no Onix Plus, já que a versão Premier avaliada possui chave presencial.
A posição ao dirigir não lembra nem de longe o que era visto no Prisma. Mais regulável, o banco agora permite dirigir em posição baixa e angular melhor a direção, que tem amplo ângulo de ajuste de profundidade e altura. Não foi difícil encontrar posição confortável para guiar o Onix Plus. Os bancos inteiriços em couro sintético têm bom apoio para as costas e pernas. Já o novo volante possui boa pegada e design interessante.
MOSTRADORES ANALÓGICOS
O painel de instrumentos agora vem com dois mostradores analógicos (velocímetro e conta-giros) pequenos, mas de fácil leitura. Ao centro, computador de bordo mostra informações importantes, como dados da viagem, consumo e até a pressão dos pneus. O painel substitui o sistema 100% digital do modelo, que lembrava os painéis vistos em motocicletas.
O multimídia com tela de 7” em posição flutuante tem desempenho fluido, interface amistosa e melhor conexão para espelhamento. A conexão WiFi é outro ponto alto. O sistema tem qualidade de sinal superior ao próprio 4G dos celulares e permite até sete dispositivos conectados.
Apostando nisso na eficiência energética, a Chevrolet trocou o antigo 1.4 aspirado da geração anterior pelo novo motor três cilindros turbo 1.0L, chamado por aqui de Ecotec. Ele entrega 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque sempre em baixas rotações (a partir de 2.000 rpm). Por isso, basta relar o pé no acelerador e pronto, a força já está disponível para saídas, ultrapassagens e retomadas. Parece até que a versão tem apelo esportivo.
Essa impressão só não é fortalecida porque o modelo não traz aletas atrás do volante para trocas manuais. A alternativa para fazer as mudanças, é colocar o câmbio na posição “L” de Low e depois lidar com os ‘incansáveis e incômodos’ botões na lateral da manopla.
Rodando na cidade, o sedã se mostrou econômico. Ele fez 12 km/l, abastecido com gasolina. Isso é 1 km/l a mais do que conseguimos em teste com o Virtus, que também usa motor 1.0 turbo de três cilindros. Nesse ponto, o baixo peso do Onix Plus (1.117 kg) pode ter ajudado — o sedã compacto da VW tem 75 kg a mais e 12 cv a mais de potência.
Outros pontos positivos do sedã compacto são: o isolamento do motor, que gira silencioso; as suspensões macias na medida certa; e o espa
Nr$ 77.790 (r$ 73.190 + r$ 1.590 Pintura vermelho carmim metálica + r$ 3 mil pacote de opcionais)
Motor: ecotec, três cilindros, flex, dianteiro, turbo, 1.0; 12V
NN116 cv a 5.500 rpm, 16,9 a 2.000 rpm
Câmbio e tração: automático, seis marchas, tração dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteira), tambores (traseira)
Rodas e pneus: Liga leve 16 polegadas, 195/55 r16
Dimensões: Comprimento (4,47 cm); largura (1,73 m, altura (1,47 m); entre-eixos (2,60 m); peso (1.117 kg); tanque (44 l); porta-malas (469 l)
NNNNNNNço interno para quem vai no banco traseiro. A segunda fileira leva com conforto dois passageiros e três, se esse eventual passageiro não passar de 1,80 m. Sentando no meio, acima disso, a cabeça já encosta no teto e os joelhos ficam espremidos. Mas vale dizer quem vai atrás tem cinto de três pontos e encosto de cabeça, além de duas portas USB.
Se mencionarmos ainda os seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, carregador por indução e todos os predicados já citados anteriormente, fica difícil de acreditar que o Onix Plus esteja abaixo dos R$ 80 mil. Ainda mais considerando o atual momento de preços inflacionados do mercado. Com tudo isso, chegamos a conclusão que se o trabalho já estava difícil para concorrência, imagina agora.