Ao presidente do Supremo, parlamentar sinalizou desistência à ideia
Maia recua sobre redução salarial no setor público
Após defender publicamente, na última terça-feira, a redução salarial de servidores de todos os Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo), inclusive de parlamentares, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parece ter recuado diante da resistência do setor público à proposta. E em conversa na terça à noite com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, Maia firmou com o magistrado o compromisso do Parlamento não levar a ideia adiante.
Depois, Toffoli deu esse comunicado a membros da Frentas, a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público. E a frente enviou nota, assinada por seu coordenador, o promotor de Justiça Manoel Murrieta, a seus integrantes.
Maia havia levantado a possibilidade de diminuir os vencimentos do funcionalismo com a finalidade de a verba economizada ser destinada ao combate à pandemia do coronavírus. Ficariam
de fora dessa medida os profissionais da linha de frente, como as da saúde, além dos agentes de Segurança Pública.
Parte do funcionalismo defende a irredutibilidade salarial e lembra de um julgamento recente (em agosto de 2019) do STF sobre o tema: a maioria dos ministros considerou inconstitucional item da Lei de Responsabilidade Fiscal que previa esse corte durante crises.