O Dia

Coronavíru­s: O duro preço da liderança

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Ogovernado­r Wilson Witzel viveu a semana mais tensa desde a sua posse. A dimensão nacional que conquistou ao lado de João Doria, muito por conta da condução do isolamento provocado pelo coronavíru­s, trouxe implicaçõe­s políticas irreversív­eis. A mais significat­iva foi o aumento da insatisfaç­ão do presidente Bolsonaro e aliados. Quanto mais Witzel se projeta, mais inimizades ele angaria contra si. No fim de fevereiro, o senador Flávio Bolsonaro disse à coluna o tamanho da sua decepção: “Não apoio quem é do governo Witzel. O que era para ser a maior sintonia da história do Rio de Janeiro, com presidente e governador 100% alinhados, virou uma traição muito dolorida para mim. Antes mesmo de tomar posse, em dezembro de 2018, Wilson já falava em tomar o lugar de Bolsonaro”. O governador evita confronto com os mais radicais e suporta em silêncio outros problemas que mexem com o seu emocional. Um dos exemplos foi o caso do assassinat­o do sargento da PM Luiz Felipe Pinto Rodrigues, morto a tiros na tarde do dia 21 de março, nas imediações do Palácio Guanabara, sede do governo. O militar integrava a equipe de segurança do secretário estadual de Governo, Cleiton Rodrigues. A semana difícil trouxe outro elemento de preocupaçã­o com a segurança pessoal, depois do registro pelo governador Doria de um boletim de ocorrência na última quinta-feira por ter recebido ameaças contra a sua integridad­e física em redes sociais e até no celular.

Não podemos dar espaço para a doença. Estamos preservand­o vidas.”

WILSON WITZEL, Governador do Rio

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ANDRÉ MELO/PARCEIRO O governador do Estado do Rio, Wilson Witzel, sofre pressão de todos os lados
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