Jogadas de craques solidários
Dois nomes de pesos do futebol, Neymar e Rivaldo fazem campanhas de doações
Dois nomes de pesos do futebol brasileiro e mundial estão em campanhas de solidariedade para arrecadar fundos e mantimentos para ajudar no combate ao coronavírus. O craque Neymar, do Paris Saint-Germain, é um dos participantes, com outras celebridades para doar cestas básicas e produtos de higiene a famílias que moram nas favelas de São Paulo. O pentacampeão mundial Rivaldo promove um desafio para que jogadores de futebol recolham doações.
“A solidariedade deve ser mais contagiosa que o vírus”, disse Neymar em sua conta suas redes sociais. Além dele, o surfista Gabriel Medina, o jogador de vôlei Bruninho, o apresentador Luciano Huck, o cantor Thiaguinho e Rafael Zulu fazem parte da campanha.
Os nomes de peso, ao lado de Neymar, visam reforçar a iniciativa de várias organizações que criaram o “UniaoSP” a fim de evitar “crise humanitária nas comunidades mais vulneráveis de São Paulo como consequência da expansão do coronavírus”. São Paulo é o mais afetado no paí. Até ontem, eram 84 mortes e 1.406 casos registrados no estado.
“Mais do que nunca precisamos nos preocupar com todos”, disse o surfista Gabriel Medina no Instagram. “Que as pessoas pensem mais nos outras em um momento de tanta angústia, incerteza e sofrimento. Nós não estamos capturando estamos doando nossos próprios recursos e mobilizando amigos e família”, afirmou Luciano Huck.
PEDIDO DE PENTACAMPEÃO
Já o pentacampeão Rivaldo, além de reforçar a importância das pessoas ficarem em casa para impedir a propagação do coronavírus, decidiu doar 200 cestas básicas a uma igreja em Paulista, em Pernambuco, seu estado natal. Segundo o GloboEsporte.com, o ex-jogador desafiou outros colegas a fazerem o mesmo, a começar pelo atacante Fernandinho, que jogou no Flamengo e Grêmio e hoje está no Dangdai Lifan, da China.
“Fala, meu amigo Fernandinho. A gente fez muitos desafios essa semana, mas hoje quero fazer outro. Desafiar a doar 200 cestas básicas. Eu vou doar 200 cestas básicas para a Igreja do Amor, em Paulista, para quem está em casa, passando por momento difícil. Eu estou falando para você, mas eu quero que todos os jogadores do Campeonato Brasileiro, aos que jogam fora do Brasil, todos os campeões do mundo em 1994 e em 2002 possam ajudar. Um pouco de brincadeira, mas que vai ajudar muita gente. Você pode ajudar no seu bairro, para quem está na favela”.
Rivaldo diz se colocar no lugar de quem a fonte de renda ficará comprometida na quarentena. Ele lembrou o começo da carreira nos anos 1990, quando chegou a passar por necessidade.
“Hoje eu posso ficar em casa. Eu posso ligar e o mercado trazer. Ontem (sextafeira) aconteceu isso aqui, em Orlando, nos EUA. Minha esposa ligou e rapidamente as compras chegaram. Mas há 20 e poucos anos eu não poderia fazer. Eu estava em Paulista, nas praias vendendo coxinha, picolé, sonho, para poder ter ter o que comer”.