Postura do presidente não é bem vista por líderes locais e mundiais
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No mesmo discurso em que falou do fechamento das escolas, Bolsonaro minimizou o novo coronavírus, chamando-o de uma ‘gripezinha’, e disse que, por praticar esportes ao longo da vida, estava tranquilo em relação à propagação do vírus. “O meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha, ou resfriadinho, como disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão”, afirmou.
No dia 27, em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, no programa ‘Brasil Urgente’, da Band, o presidente afirmou que alguns brasileiros irão morrer ao contrair a doença. “Infelizmente, algumas mortes terão, paciência, acontece, e vamos tocar o barco”.
A postura de Bolsonaro não tem sido bem vista por prefeitos, governadores e até outros chefes de Estado ao redor do mundo. Autoridades municipais e estaduais vão na contramão do que pensa Bolsonaro e afirmam que o isolamento social será mantido em detrimento da reabertura do comércio. Já Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, que, anteriormente, tinha voz nas entrevistas coletivas, agora, é um mero coadjuvante.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que está infectado pela Covid-19, tem incentivado a população a permanecer de quarentena. O governante britânico publicou, ontem, um vídeo dizendo a seguinte mensagem: “Ao ficar em casa vamos vencer o coronavírus, proteger o sistema de saúde e salvar vidas”. Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que no início tinha a mesma visão de Bolsonaro, mudou o tom recentemente e já cogita proibir voos vindos do Brasil.