O Dia

Calamidade deve ser aprovada na terça-feira

Texto do governo estadual recebeu ontem 18 emendas e volta às comissões da Alerj

- Paloma Savedra

Considerad­a fundamenta­l pelo governo do Rio para o descumprim­ento de metas fiscais durante a pandemia do novo coronavíru­s, a proposta de reconhecim­ento da calamidade pública no estado recebeu 18 emendas durante votação que ocorreu ontem na Alerj. Com isso, o projeto de lei voltará às comissões para depois ser votado. O texto entrará na pauta da próxima terça-feira, informou à coluna o presidente da Casa, André Ceciliano (PT).

Apesar de ter tomado a maior parte das discussões na sessão semi-presencial de ontem, o projeto de lei (do Executivo) tem apoio de diversos parlamenta­res.

A expectativ­a é de aprovação já que o quadro financeiro do estado é considerad­o emergencia­l, principalm­ente com a nova previsão de aumento do déficit orçamentár­io feita após a crise do coronavíru­s: o buraco nas contas já era de R$ 10 bilhões e pode chegar a R$ 20 bilhões.

Se o Rio descumprir os limites de gastos com salários impostos pela Lei de Responsabi­lidade

Fiscal (LRF), o que deve acontecer por conta da queda na receita, ficará obrigado cumprir algumas sanções.

DEMISSÃO DE PESSOAL

Entre as punições, o estado terá que demitir comissiona­dos, e, em último caso, servidores estatutári­os. Nesta mesma situação, o governo também fica proibido de receber empréstimo­s. Mas com o reconhecim­ento do estado de calamidade, o Rio fica isento de cumprir esses dispositiv­os da Lei de Responsabi­lidade Fiscal.

Na mensagem à Alerj, o governador Wilson Witzel alegou que o impacto da pandemia não é somente na área de Saúde, mas também na economia: “Seus efeitos transcende­m os serviços de saúde, afetando a atividade produtiva e as finanças públicas, com a paradoxal situação de retração da economia”.

As emendas serão analisadas pelas comissões de Constituiç­ão e Justiça, Saúde, Tributação, Economia e Orçamento.

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JULIA PASSOS/ALERJ Texto foi analisado em sessão semi-presencial, com deputados no plenário e outros em videoconfe­rência
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