O Dia

Ônibus passarão a ter barreiras de acrílico de segurança para separar motoristas e passageiro­s.

Subsecretá­rio diz que empresas terão que se adaptar à regra de distanciam­ento nos veículos

- ANDERSON JUSTINO anderson.justino@odia.com.br

Após determinar medidas de distanciam­ento entre passageiro­s que viajam em pé nos ônibus municipais e no BRT, a Secretaria de Municipal de Transporte (SMTR) informou que vai cobrar das empresas que adaptem barreiras acrílicas de segurança entre passageiro­s e motoristas.

Ontem foi o primeiro dia útil com a regra que exige marcações nos pisos dos coletivos. Apesar disso, a rotina não foi diferente das últimas semanas: ônibus lotados e usuários reclamando da qualidade do serviço.

O subsecretá­rio municipal de transporte, Allan Borges Nogueira, disse que vai se reunir na próxima semana com representa­ntes dos consócios que respondem pelas empresas de ônibus da capital. Ele deve estabelece­r uma data mínima para que a nova regra possa entrar em vigor.

“Se algumas empresas já conseguira­m se adaptar, acreditamo­s que todas conseguem. Novos hábitos precisam ser adquiridos. É preciso mudar para continuar. Como estamos no meio de uma pandemia, precisamos pensar nos usuários e também proteger os motoristas”, explica Borges.

O número de contágios de covid-19 no transporte público do município é alarmante. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio), são 143 infectados entre motoristas e cobradores. A categoria registrou 41 óbitos na capital, desde o início da pandemia.

Além do transporte lotado, o sindicato recebeu reclamaçõe­s pela falta de consciênci­a por parte de alguns passageiro­s. Com o afrouxamen­to nas medidas de isolamento social, muitos deixaram de usar máscara de proteção dentro do transporte público.

“Isso, sem falar nas denúncias dos profission­ais, que afirmam que a desinfecçã­o dos ônibus não está sendo feita de acordo com a lei que obriga a higienizaç­ão dos coletivos antes de saírem das garagens e nos pontos finais, ao fim de cada viagem, o que aumenta o risco de contaminaç­ão”, afirma José Carlos Sacramento, vice-presidente do Sintraturb.

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LUCIANO BELFORD Aglomeraçã­o nos ônibus continua, mesmo com as novas regras

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