Secretaria estadual de Educação vai colocar computadores e equipamentos para alunos na escola
Volta às aulas em 5 de outubro
As escolas da rede estadual de ensino serão reabertas a partir do dia 5 de outubro apenas para estudantes que não têm acesso à internet e somente em regiões com Bandeira Amarela duas semanas antes desta data. A Secretaria de Estado de Educação vai disponibilizar computadores, equipamentos multimídia e materiais didáticos digitais nas unidades de ensino de todo o Estado do Rio de Janeiro.
A decisão foi alinhada com a prefeitura do Rio de Janeiro, após reunião entre o governador em exercício, Cláudio Castro e o prefeito Marcelo Crivella, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que o objetivo da medida é assegurar que os alunos possam dar continuidade aos estudos na plataforma Google Classroom. “Para garantir o distanciamento entre os estudantes, recomendado pela Secretaria de Estado de Saúde, as salas de aula serão transformadas em laboratórios de informática.
Acho que o governo está querendo mostrar que a vida voltou ao normal, daí essa insistência em manter as escolas abertas” RAICELE MONTEIRO, de Manaus
Cada escola organizará a utilização de seus espaços, que vão funcionar três vezes por semana”.
De acordo com o decreto estadual, publicado no dia 20 de agosto, as aulas presenciais na rede estadual poderão ser retomadas nas regiões que permaneçam em baixo risco de contaminação pelo novo coronavírus, identificadas com Bandeira Amarela, por no mínimo duas semanas seguidas antes da data prevista para a abertura.
AMAZONAS
Vinte dias após o retorno das aulas presenciais do ensino médio da rede estadual, o Amazonas registra 342 professores infectados com covid-19, segundo a Fundação de Vigilância de Saúde. A situação preocupa pais e professores de Manaus.
O maior número de registros ocorreu, até o momento, na Escola Estadual José Bernardino Lindoso, com 28 casos positivos. Outras duas escolas, a Severiano Nunes e a Samuel Benchimol, têm dez casos cada.
“Acho que o governo está querendo mostrar que a vida voltou ao normal, daí essa insistência em manter as escolas abertas. O problema é que um professor pode contaminar ou ser contaminado”, frisou Raicele Monteiro, de 46 anos, da Escola Jefferson Peres.
Com base nos dados, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado pediu a suspensão das aulas.