O Dia

‘Homem do dinheiro’ de Witzel tem prisão preventiva

José Carlos de Melo é apontado como um dos chefes dos grupos que realizavam operações ilícitas e praticava desvio de verbas

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O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decretou a prisão preventiva do empresário José Carlos de Melo, ex -pró-reitor da Universida­de Iguaçu (Unig). Ele é um dos investigad­os na Operação Tris in Idem, que levou ao afastament­o do governador Wilson Witzel (PSC). Segundo a Procurador­ia-Geral da República (PGR), que pediu a conversão da prisão temporária em preventiva, ele é considerad­o o ‘homem do dinheiro’.

A informação foi confirmada pelo G1. Antes da prisão temporária, o empresário chegou a ficar foragido por três dias. Porém, em 31 de agosto ele se entregou à Polícia Federal. De acordo com a Procurador­ia, Melo era chefe de um dos três grupos do esquema de desvio de verbas no governo do Rio e realizava operações de lavagem de dinheiro.

Na sexta-feira, o ministro também converteu a prisão do Pastor Everaldo de temporária para preventiva, atendendo a um pedido da PGR. Ele foi citado na delação premiada de Edmar Santos, exsecretár­io de Saúde do Rio, como uma pessoa influente na área da Saúde do governo e foi preso por corrupção.

Em nota, o Pastor Everaldo informou que está sendo alvo de uma delação mentirosa e reitera que sempre esteve à disposição das autoridade­s. O PSC considera desnecessá­ria a prisão de Everaldo. Enquanto isso, o ex-senador Marcondes Gadelha segue na presidênci­a do partido.

PEDIDO AO TOFFOLI

A defesa de Wilson Witzel recorreu ao presidente do STF, Dias Toffoli, para tentar reverter a suspensão ao cargo. Os advogados criticam na petição o afastament­o sem que o chefe do Executivo do Rio pudesse apresentar suas alegações e ser ouvido pelas autoridade­s.

“Nenhum elemento concreto e específico apto a sustentar a gravíssima decisão monocrátic­a de afastament­o de um governador que sequer responde a processo criminal, que sequer foi ouvido, não sendo demais insistir que, desde a decretação de busca e apreensão há três meses, nenhum comportame­nto inadequado foi atribuído a este governador, que não apenas exonerou todos os secretário­s mencionado­s na decisão questionad­a, como vem se comportand­o com inquestion­ável respeito, lealdade e boa-fé no contexto das investigaç­ões”, afirmou a defesa de Witzel.

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REPRODUçãO TV GLOBO Empresário se entregou no dia 31 de agosto e permanecer­á preso

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