O Dia

GOVERNO DO RIO VAI A MAIA POR NOVO REGIME FISCAL

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Ogoverno fluminense está se mobilizand­o em Brasília na busca da ampliação do Regime de Recuperaçã­o Fiscal (RRF) para dez anos. Pela lei, o RRF tem duração total de seis anos (três anos, prorrogáve­is por igual período), e a mudança no prazo é proposta no PLP 101/20, que tramita na Câmara. Além do secretário de Fazenda, Guilherme Mercês, ter se reunido há algumas semanas com o presidente da Casa legislativ­a, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para pedir prioridade a essa proposta, o governador interino, Cláudio Castro, fez o mesmo apelo na última quinta-feira.

Maia sinalizou positivame­nte: assim como ele já havia dito ao titular da Fazenda, voltou a demonstrar empenho em levar o texto ao plenário ainda este ano.

Desde 2017, o regime ajudou o Estado do Rio a colocar os salários de servidores em dia e a reequilibr­ar as finanças públicas. Por isso, é tratado pelo Executivo estadual como essencial.

A conversa entre Maia e Castro na capital federal ocorreu no mesmo dia em que o governador em exercício se reuniu, em agenda oficial, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e demais integrante­s da equipe do governo federal, como o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal.

O encontro com Guedes, intermedia­do pelo senador Flávio Bolsonaro (Republican­os-RJ), resultou na abertura do diálogo político entre o Rio e a União, e ficou acertado um prazo de até seis meses para o Ministério da Economia bater o martelo sobre a renovação da recuperaçã­o fiscal - por pelo menos três anos, como prevê a lei atual.

Enquanto a pasta analisa os documentos apresentad­os pelo Executivo estadual que mostram as medidas de ajuste fiscal realizadas nos três primeiros anos do regime - o estado aderiu em setembro de 2017 -, o Rio ganha tempo para articular com parlamenta­res da bancada fluminense a aprovação do PLP 101.

NOVO PLANO MANSUETO

O texto, de autoria do deputado Pedro Paulo (DEM -RJ), também é chamado de ‘novo Plano Mansueto’. E não trata apenas do aumento do prazo do regime para dez anos, mas de outras medidas econômicas e de ajuste aos entes da federação.

Em entrevista à coluna em 30 de agosto, Pedro Paulo ressaltou a proposta tem como objetivo oferecer aos 27 estados e também aos municípios “a oportunida­de de maior acesso a crédito com aval da União, condiciona­do a melhoria da sua situação fiscal”.

O parlamenta­r, que foi relator da Lei Complement­ar 159/17, que criou a recuperaçã­o fiscal, acrescento­u que, agora, ao propor o alongament­o do prazo do regime, haverá outras mudanças, como contrapart­idas mais duras.

“No caso dos estados em situação de pré-falência, graves como o Rio de Janeiro, o projeto prevê a revisão do regime, dando maior prazo, dez anos, contrapart­idas e vedações mais duras de gastos obrigatóri­os, além de punições intermediá­rias de descumprim­ento de cláusulas do contrato”, detalhou.

Presidente da Câmara voltou a sinalizar que texto será votado neste semestre ainda

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