ABRINDO A PORTEIRA
Um lugar onde as pessoas podem ficar sem máscara, a aglomeração é permitida, pode ter festa, beijar e abraçar sem medo. Calma, essa não é uma matéria sobre a reação das pessoas pós-vacina da covid-19, mas o clima que vai rolar dentro de ‘A Fazenda
12’, reality que estreia amanhã, às 22h30, na Record TV.
“Os participantes estão testados e livres de qualquer contágio do vírus.
A gente vai ter essa sensação de assistir a um mundo de fantasia. Desta vez, o engraçado é que lá dentro eles vão ter até um pouco mais de liberdade do que a gente aqui fora”, brinca o apresentador Marcos Mion, de 41 anos. Só os totens de álcool em gel espalhados por todo o set mostram que ainda estamos enfrentando uma pandemia.
Quando se trata de isolamento, o comandante da atração sabe bem do assunto. Ele diz que é um dos últimos 11 que ainda praticam a quarentena. Mion confessa que está tendo que se readaptar. “Fiquei muito isolado. E começar essa rotina de sair de casa, você fica um pouco assustado. Parece que muda uma chave da nossa cabeça para entrar em isolamento e depois outra para sair”, explica.
O apresentador sentiu uma segurança muito grande quando viu todos os protocolos que a direção planejava seguir para evitar qualquer contágio. “Mas, para mim, o que vai mais doer é que estou há 190 dias grudado nos meus filhos e na minha mulher 24 horas, e agora vai ter que grudar em 20 peões. Vai ser um choque e tanto”, diz.
SELEÇÃO DA PEÃOZADA
Sempre está prestes a começar uma nova edição de ‘A Fazenda’, Mion já sabe o que lhe reserva. “Sou escalado para inúmeras reuniões e todo mundo quer saber quem são os participantes e sempre falo que não faço parte do processo seletivo. Óbvio que no primeiro momento todo mundo pode sugerir nomes. Tem muitos artistas que me procuram diretamente, e eu passo o pedido e a vontade de entrar para o Rodrigo Carelli (diretor de núcleo de realities da Record) e equipe. Mais do que isso não me envolvo”, atesta.
Desta vez, por conta da pandemia, os selecionados do reality entraram em uma quarentena antes do confinamento. Isso para assegurar que todos estão livres de qualquer chance de levar o novo coronavírus para as dependências do reality. “Vai chegar todo mundo mais carente de beijo e abraço. Acredito muito nisso. Acho que nem vai demorar a ter formação de casais. O isolamento aqui fora já é difícil, aí vem o isolamento de dentro de um quarto de hotel, em que ele tem que fazer a própria cama de tanto que não vê ninguém. Esses homens e mulheres vão entrar lá com tudo. Abriu a porteira e vai ser ‘explosão’. Os ânimos vão estar mais exaltados”, aposta o apresentador. Mion frisa que pela TV não dá para ter a dimensão do que acontece por trás das câmeras. “A quantidade de pessoas envolvidas, o tamanho daquilo tudo, não só ali, mas a produção na casa/sede, reuniões, criação, edição, comida, transporte, é uma coisa gigantesca. O esforço coletivo de todas as partes para fazer o programa acontecer no meio da pandemia merece, sim, o reconhecimento de ser histórico. Era muito mais fácil simplesmente cruzar o braço e falar: ‘poxa, vai ser complicado demais, vamos não fazer’. Mas arregaçar a manga, juntar todo mundo e fazer, isso é muito bom”, comemora.