O Dia

ABRINDO A PORTEIRA

- GABRIEL SOBREIRA gabriel.sobreira@odia.com.br

Um lugar onde as pessoas podem ficar sem máscara, a aglomeraçã­o é permitida, pode ter festa, beijar e abraçar sem medo. Calma, essa não é uma matéria sobre a reação das pessoas pós-vacina da covid-19, mas o clima que vai rolar dentro de ‘A Fazenda

12’, reality que estreia amanhã, às 22h30, na Record TV.

“Os participan­tes estão testados e livres de qualquer contágio do vírus.

A gente vai ter essa sensação de assistir a um mundo de fantasia. Desta vez, o engraçado é que lá dentro eles vão ter até um pouco mais de liberdade do que a gente aqui fora”, brinca o apresentad­or Marcos Mion, de 41 anos. Só os totens de álcool em gel espalhados por todo o set mostram que ainda estamos enfrentand­o uma pandemia.

Quando se trata de isolamento, o comandante da atração sabe bem do assunto. Ele diz que é um dos últimos 11 que ainda praticam a quarentena. Mion confessa que está tendo que se readaptar. “Fiquei muito isolado. E começar essa rotina de sair de casa, você fica um pouco assustado. Parece que muda uma chave da nossa cabeça para entrar em isolamento e depois outra para sair”, explica.

O apresentad­or sentiu uma segurança muito grande quando viu todos os protocolos que a direção planejava seguir para evitar qualquer contágio. “Mas, para mim, o que vai mais doer é que estou há 190 dias grudado nos meus filhos e na minha mulher 24 horas, e agora vai ter que grudar em 20 peões. Vai ser um choque e tanto”, diz.

SELEÇÃO DA PEÃOZADA

Sempre está prestes a começar uma nova edição de ‘A Fazenda’, Mion já sabe o que lhe reserva. “Sou escalado para inúmeras reuniões e todo mundo quer saber quem são os participan­tes e sempre falo que não faço parte do processo seletivo. Óbvio que no primeiro momento todo mundo pode sugerir nomes. Tem muitos artistas que me procuram diretament­e, e eu passo o pedido e a vontade de entrar para o Rodrigo Carelli (diretor de núcleo de realities da Record) e equipe. Mais do que isso não me envolvo”, atesta.

Desta vez, por conta da pandemia, os selecionad­os do reality entraram em uma quarentena antes do confinamen­to. Isso para assegurar que todos estão livres de qualquer chance de levar o novo coronavíru­s para as dependênci­as do reality. “Vai chegar todo mundo mais carente de beijo e abraço. Acredito muito nisso. Acho que nem vai demorar a ter formação de casais. O isolamento aqui fora já é difícil, aí vem o isolamento de dentro de um quarto de hotel, em que ele tem que fazer a própria cama de tanto que não vê ninguém. Esses homens e mulheres vão entrar lá com tudo. Abriu a porteira e vai ser ‘explosão’. Os ânimos vão estar mais exaltados”, aposta o apresentad­or. Mion frisa que pela TV não dá para ter a dimensão do que acontece por trás das câmeras. “A quantidade de pessoas envolvidas, o tamanho daquilo tudo, não só ali, mas a produção na casa/sede, reuniões, criação, edição, comida, transporte, é uma coisa gigantesca. O esforço coletivo de todas as partes para fazer o programa acontecer no meio da pandemia merece, sim, o reconhecim­ento de ser histórico. Era muito mais fácil simplesmen­te cruzar o braço e falar: ‘poxa, vai ser complicado demais, vamos não fazer’. Mas arregaçar a manga, juntar todo mundo e fazer, isso é muito bom”, comemora.

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