CERTAS HISTÓRIAS
Certas histórias, cabem bem dentro de mim, que perguntar carece: por que não fui eu quem fiz? - Pedindo licença poética a Milton e Tunai para a introdução à bela e instrutiva história anônima que trouxe hoje. Se gostarem, passem adiante. “Era uma vez um senhor que se queixava constantemente da má sorte da vida. Estava sempre a dizer: ‘Que cruz pesada que Deus me deu!’
Um dia, quando mais uma vez repetia, embora num tom mais conformado, apareceulhe um Anjo, que disse: ‘Olha, ouvimos tuas queixas e vou levar-te a grande depósito no Céu onde estão guardadas cruzes, para pessoas carregarem. Podes escolher àquela de que gostares mais, a que te parecer menos pesada’.
O homem experimentava as cruzes e que lhe parecia mais pesada. Depois de muito procurar, entre dezenas e dezenas, encontrou finalmente uma a seu gosto. Era a mais leve de todas e que se adequava maravilhosamente a ele. Chamou o Anjo e disse-lhe: ‘É esta que eu quero pra mim. É a mais leve e bonita de todas. Posso ficar com ela?’ O Anjo sorriu e respondeu: ‘Podes, sim. Ela sempre foi tua. Repara bem, era aquela que transportavas e de que tanto te queixavas’...”
Querido irmão de Portugal, José Manuel Anacleto, publicou o conto na revista ‘Biosofia’ - vale a pena conhecê-la! Termina seu artigo assim: “E a ninguém - ninguém mesmo - em nenhuma vida, é dada cruz mais pesada do que a que pode suportar, aferida pela justa e perfeitíssima medida do (seu) karma.”
Que o dia seja iluminado pela luz da compreensão!