O Dia

PAGAMENTO DEVE FICAR PARA O PRÓXIMO ANO

- PALOMA SAVEDRA e-mail: paloma.savedra@odia.com.br site: www.odia.ig.com.br/colunas/servidor

Aespera do funcionali­smo municipal do Rio pelo pagamento do 13º salário parece não ter fim. Sem dinheiro suficiente em caixa para quitar a gratificaç­ão ainda este ano, a expectativ­a nos bastidores do governo é de tentar, ao menos, pagar a primeira parcela em dezembro. Assim, a segunda parte ficaria para o próximo ano. Mas trata-se apenas de uma intenção.

Pelo diagnóstic­o das finanças do município, não há recursos nem mesmo para o pagamento parcial

Diagnóstic­o das contas mostra que não há dinheiro em caixa para quitar a gratificaç­ão

ainda em 2020. Tanto é que o prefeito Marcelo Crivella admitiu, na última quinta-feira, que o depósito depende de verbas extraordin­árias (aquelas não previstas no orçamento), provenient­es da operação de antecipaçã­o de R$ 1 bilhão em receita de royalties de petróleo, como a coluna informou no dia 25.

A transação foi embarreira­da pelo Tribunal

de Contas do Município (TCM-RJ), que baterá o martelo na próxima quarta-feira. O plenário virtual do órgão decidirá, em definitivo, se autoriza ou não a operação.

Até o momento, a avaliação técnica do Tribunal é de que a medida é lesiva aos cofres públicos, e também que se caracteriz­a como operação de crédito. O órgão considerou ainda que a medida desrespeit­a as regras fiscais no último ano de governo.

À coluna, o presidente do TCM-RJ, Thiers Montebello declarou que “o parecer da Procurador­ia Especial do TCM é primoroso”: “É um tratado. Tanto é que a PGM chegou a pensar em judicializ­ar (a questão) e não fez isso”.

IMPEDIMENT­O LEGAL

Thiers acrescento­u que essa verba não pode ser utilizada para pagamento de pessoal. “Os recursos dessa operação não podem ser usados para pagar salários, e a prefeitura sabe disso”.

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