Denúncias que levaram à prisão de Geddel Vieira Lima
O futuro secretário Marcelo Calero passou a ser mais conhecido quando pediu demissão do Ministério da Cultura de Michel Temer. Ele assumiu o cargo em maio de 2016 e permaneceu por cinco meses e 28 dias, até 18 de novembro daquele ano, após denunciar tentativas de interferência em assuntos da alçada de sua pasta. Na ocasião, Calero afirmou à Polícia Federal que foi fortemente pressionado pelo então ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer e outros membros do Planalto, a rever parecer técnico do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), negando licença a um empreendimento imobiliário em Salvador, no qual Geddel possuía apartamento.
Geddel havia rechaçado as acusações e o porta-voz do Governo Temer negou que o presidente houvesse pressionado o ex-ministro a tomar decisão que “ferisse normas internas ou suas convicções”, mas confirmou reuniões de Temer e Calero para “solucionar impasse” com Geddel. O episódio terminou com o pedido de demissão de Geddel que o levou à prisão, já que havia perdido foro privilegiado.
Após ter ganhado popularidade com esse caso, Marcelo Calero foi eleito deputado federal, pelo Cidadania, com 50.533 votos nas eleições de 2018 pelo estado do Rio ultrapassando a votação de Otávio Leite, que ficou como suplente da coligação.
Em sua conta no Twitter, após o resultado do 2º turno, Calero fez questão de enaltecer Paes e publicou foto em que dá um abraço no novo prefeito.