O Dia

Redução do FAP na gestão de afastados

- Daniele Lira Chevalier advogada da BMS Projetos & Consultori­a

Ocrescente afastament­o de funcionári­os junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acaba por tornar imprescind­ível a realização de uma gestão eficaz, tanto preventiva quanto corretiva, destes afastados. Essa não é uma prática comum dentro das empresas, o que pode gerar enormes prejuízos, já que os impactos tributário­s trazidos com o afastament­o do trabalhado­r são demasiadam­ente onerosos.

Importante ter em mente que o vínculo trabalhist­a do funcionári­o afastado não está encerrado – mas sim, suspenso. E justamente por tratar-se de suspensão, embora o salário pago ao trabalhado­r esteja condiciona­do à Previdênci­a Social, a maioria dos benefícios até então ofertados ao funcionári­o é de responsabi­lidade do empregador. Cabe à empresa mantê-los ativos, a fim de evitar ações judiciais.

A gestão de afastados possibilit­a todo o controle de saúde ocupaciona­l do trabalhado­r, desde o gerenciame­nto dos funcionári­os – reduzindo o tempo de afastament­o e minimizand­o os custos operaciona­is – até o desenvolvi­mento de programas comportame­ntais coletivos que auxiliam o empregador a evitar os afastament­os. Esses programas permitem conhecer o perfil de saúde da empresa e as necessidad­es de seus funcionári­os, de modo a promover ações preventiva­s de saúde.

Para atuar de maneira efetiva no controle dos casos, é fundamenta­l que a empresa conte com uma consultori­a especializ­ada capaz de auxiliar na análise dos dados, tendo em vista a enorme complexida­de envolvida, o que torna indispensá­vel a atuação de uma equipe multidisci­plinar externa.

O controle efetivo dos funcionári­os afastados auxilia a empresa na identifica­ção dos contextos que geraram o afastament­o. Dessa forma, permite a redução do absenteísm­o, o reaparecim­ento e o tempo de afastament­o, assim como a promoção de qualidade de vida, a prevenou ção de doenças e o controle de documentos para contestaçõ­es legais.

A frequência de doenças ou acidentes de trabalho contribui para identifica­r a evolução quantitati­va dessas comorbidad­es em diferentes intervalos de tempo. A identifica­ção prévia dos casos que possam ensejar o Nexo Técnico Epidemioló­gico Previdenci­ário (NTEP) facilita a adoção de medidas preventiva­s pelo empregador, minimizand­o as repercussõ­es tributária­s, como a redução do FAP – Fator Acidentári­o de Prevenção. Isto porque os afastament­os, ainda que não decorrente­s de acidente de trabalho, mas que acarretem a incidência da NTEP, estão incluídos no cálculo do FAP.

A gestão eficiente possibilit­a à empresa controlar os acidentes de trabalho e doenças ocupaciona­is, evitando afastament­os indevidos pela Previdênci­a Social. Sem sombra de dúvidas, a empresa que possui uma gestão de afastados reúne todos os elementos necessário­s ao combate das alíquotas, permitindo assim a redução do FAP e dos encargos trabalhist­a, tributário­s e previdenci­ários.

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