ESCOLAS MUNICIPAIS RETOMAM AULAS PRESENCIAIS HOJE
Alunos do 1° e 2° ano do ensino fundamental poderão escolher se retornam fisicamente ou se mantém a forma remota
ASecretaria Municipal de Educação (SME) retoma hoje as aulas presenciais em 38 unidades distribuídas por todas as regiões da cidade. Voltam parcialmente nesta primeira fase os alunos da pré-escola, 1° e 2° ano do Ensino Fundamental, que reúne cerca de 7 mil alunos nessas turmas. A volta não será obrigatória e as aulas remotas serão mantidas. Cerca de 210 professores vão participar neste primeiro momento das aulas presenciais.
De acordo com a SME, as escolas selecionadas atenderam aos critérios sanitários e de infraestrutura necessários para receber os alunos em salas de aula novamente. O Sindicato Estadual dos Professores de Educação (Sepe) contesta a versão e afirma que as escolas não possuem as adequações necessárias para proteger alunos e professores.
O retorno é optativo para os alunos: cabe aos responsáveis pelo estudante menor de 18 anos a escolha quanto ao retorno às aulas presenciais. Já os estudantes maiores de idade vão definir diretamente quanto ao retorno às aulas presenciais.
No total, serão 7.730 alunos que terão a liberdade de escolher se voltam a ter aulas presencialmente ou mantém o estudo de maneira remota. De acordo com o Secretário Renan Ferreirinha (PSB), 4401 alunos se manifestaram e 82% teriam interesse em retornar ao antigo modelo de ensino, segundo reportagem da Agência Brasil.
GREVE
Para o coordenador do Sepe, Gustavo Miranda, o retorno só deveria ser feito com a após a vacinação dos professores. Hoje, o sindicato irá realizar uma assembleia para definir qual é o posicionamento da entidade sobre a reabertura da rede municipal. Ele adiantou que a tendência é que a decisão de greve seja mantida.
“O Sepe só defende o retorno com vacina. Isso é crucial. Defendemos o retorno com vacina por entender que não existem condições sanitárias adequadas. O retorno das unidades vai ampliar a contaminação da covid-19 que está descontrolada no Rio de Janeiro”.
Ele acrescentou que o protocolo apresentado pela prefeitura é inconsistente, e que o sindicato vai insistir na demanda pela vacinação. Gustavo defende a manutenção do ensino remoto, com a entrega de material físico para os estudantes que não conseguiram ter acesso à internet e a garantia do cartão alimentação aos alunos em situação de vulnerabilidade social.
“Vamos insistir na questão da vacina, pois as escolas sofrem com danos estruturais. A câmara dos vereadores foi até as unidades que iriam reabrir e verificou que não há condição”, diz.
A Alerj aprovou na quarta passada o Projeto de Lei 3.533/21, que estabelece como prioritários os profissionais de educação na campanha de vacinação. O escalonamento começa com os professores que vão exercer atividades de forma presencial; seguidos pelos educadores em grupos de risco e depois os demais servidores.