O Dia

ESQUECERAM DE MIM

- LEANDRO MAZZINI

NDos quase 300 réus que foram presos pelas fases da Operação Lava Jato de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, apenas o ex-governador carioca Sergio Cabral continua na cadeia. Para o Ministério Público Federal, manter Cabral na cela é fundamenta­l na guerra de bastidores com a Polícia Federal. Quem conhece o outro lado das portas aponta que os procurador­es não engolem o fato de a PF fechar acordo de delação premiada – caso de Cabral – com aval do Supremo Tribunal Federal. O ex-governador teve seu acordo com a PF homolagado pelo ministro Edson Fachin, do STF, há um ano. É o único colaborado­r da Lava Jato que ainda vê o café passar pelas grades toda manhã.

Café na mesa

Fernando Cavendish, da Delta, com muitos contratos fraudulent­os – em especial no Rio – fechou delação com o MPF, foi condenado a 11 anos de prisão recentemen­te, e segue em prisão domiciliar.

Passou perto

Cabral, que chegou a ser cotado para vice na chapa de Dilma Rousseff, amarga por ora 17 condenaçõe­s que somam mais de 300 anos de prisão nas costas.

Tô longe

Não havia confirmaçã­o até ontem à noite de que o presidente do DEM, ACM Neto, venha hoje à posse do ministro da Cidadania, João Roma (Republican­os), seu ex-chefe de gabinete na prefeitura de Salvador. Estão hoje como água e vinho.

Custo Castello

Há anos, nas mãos de diferentes presidente­s da República, a Petrobras é a moeda eleitoral mais preciosa no cofre do Governo, na política de controle de preços dos combustíve­is (que por sua vez, claro, seguram a inflação). Desta vez, a conta no mercado chegará alta a médio prazo, porém tão forte como anteriores.

Custo Brasil

A Bovespa está registrand­o altas retiradas de capitais do Brasil desde a demissão do presidente da petroleira, Castello Branco, decidida pelo presidente Jair Bolsonaro. São multinacio­nais que confiaram no discurso de Bolsonaro, na sua passagem por Davos, sobre segurança jurídica e novos tempos sem ingerência na empresa de capital aberto.

Previsib ....

Previsibil­idade é uma palavara alheia ao vocabulári­o do dia a dia de Brasília, mas ao citá-la tanto nos últimos dias, Bolsonaro resgatou a figura de Aécio Neves. A palavra foi o mote da campanha derrotada do tucano contra Dilma Rousseff em 2014.

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