O Dia

VASCO VENCE O GOIÁS POR 3 A 2, MAS JÁ ERA TARDE DEMAIS, TODOS SABIAM: ESTÁ REBAIXADO.

No último jogo sob o comando de Luxa, o Cruzmaltin­o volta a vencer no Brasileiro: 3 a 2 sobre o Goiás

- MARCELO BERTOLDO marcelo.bertoldo@odia.com.br

São Januário foi o cenário da despedida do Vasco no Brasileiro. A vitória de virada sobre o Goiás, por 3 a 2, ontem, não foi suficiente para a mirabolant­e combinação necessária para evitar o quarto rebaixamen­to do clube no intervalo de 12 anos. Impedida de fazer o ‘caldeirão’ ferver, parte da torcida foi à Colina. Não para apoiar, e sim para protestar. Cano e Ricardo Graça, duas vezes, marcaram para o Cruzmaltin­o e Fernandão, contando com a falha de Fernando Miguel, no segundo gol, também fez dois.

Virtualmen­te rebaixado, o Vasco recebeu o Goiás com uma missão para lá de difícil, para não dizer impossível. Com o desafio de vencer, ainda torcia pelo tropeço do Fortaleza contra o Fluminense, além da obrigação de tirar uma improvável diferença de 12 gols para evitar a quarta queda.

Na despedida de Luxemburgo do comando, o Vasco teve uma atitude que o torcedor não presenciou na sequência sem vitória. A perda de Castan, com suspeita de lesão muscular, no entanto, foi um indicativo de que a maré não estava boa para a caravela cruzmaltin­a. Oportunist­a, Cano abriu o placar, aos 14 minutos, aproveitan­do o rebote após finalizaçã­o de Carlinhos.

Fernandão travou um duelo particular com Fernando Miguel. No primeiro gol, o VAR confirmou que o goleiro fez a defesa um pouco depois da linha do gol, aos 25. Aos 51, no entanto, a falha ficou mais clara na falta de intermediá­ria cobrada pelo atacante. Machucado, Cano deixou o gramado ainda no primeiro tempo.

Após a entrada de Marcelo Alves e Ygor Catatau no lugar de Castan e Cano, machucados, Luxa mexeu no intervalo e voltou com Juninho e Gabriel Pec no lugar dos apagados Léo Matos e Talles Magno. Aos quatro minutos, Ricardo Graça aproveitou o preciso cruzamento para empatar.

Com Tiago Reis no lugar de Andrey, Luxa usou seu último recurso ofensivo. Na base da vontade, o Vasco superou as limitações técnicas para buscar o resultado digno à sua história. Ricardo Graça usou a cabeça mais uma vez para virar o jogo, aos 46. Melancólic­a, a vitória marca o início do doloroso projeto de reconstruç­ão do Vasco.

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LUCIANO BELFORD Autor do primeiro gol em São Januário, Cano saiu de campo ao fim do primeiro tempo, sentindo dores

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