Ex-vereadora Carminha Jerominho detida por receptação sorri na delegacia
Balanço parcial da operação: 16 presos e 250 aparelhos celulares recuperados
Aex-vereadora Carminha Jerominho foi indiciada por receptação e conduzida para prestar depoimento na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), na Cidade da Polícia, depois que a Polícia Civil identificou que a ex-vereadora comprou aparelhos que são fruto de um roubo de carga ocorrido no Galeão em março de 2020. Carminha disse que se apresentou espontaneamente à delegacia, o que foi contradito durante coletiva de imprensa da Polícia Civil. Dois policiais militares, do 9° BPM (Rocha Miranda) e do 22ºBPM (Maré) também estão entre os alvos.
Balanço parcial aponta 16 presos e 250 aparelhos celulares recuperados na operação Cegueira Deliberada. O nome escolhido se refere ao fato de muitos receptadores alegarem que não conheciam a origem ilícita dos bens, mas deixam de verificar deliberadamente a origem dos produtos.
“Ela foi indiciada pelo crime de receptação e teve os aparelhos apreendidos, tinha que vir prestar esclarecimento. Agora, será arbitrada a fiança”, esclareceu o diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), Felipe Curi.
Três empresários que comercializavam celulares roubados foram indiciados por receptação qualificada, crime inafiançável, e foram presos em flagrante. As lojas ficavam no Centro, Campo Grande (Zona Oeste) e no Shopping Carioca, Vila da Penha (Zona Norte).
INVESTIGAÇÃO
A operação é fruto de dois meses de investigações sobre o roubo de uma carga de 600 aparelhos de última geração avaliados em R$ 3 milhões no dia 7 de março de 2020.
“A DRFC vem fazendo um trabalho de rastreamento desses celulares. A especializada foca em grandes quadrilhas de roubadores de cargas. Mas, uma diretriz que eu passei para a delegacia foi o combate aos receptadores. É importante rastrear o produto desses grandes roubos e verificar o destino. Saber quem está roubando e quem está receptando”, disse o diretor da Especializada, Felipe Curi.
Encontramos lojas que comercializavam esses produtos em bairros em que há controle de grupos milicianos. O que nos leva a crer que haja participação na distribuição” VINÍCIUS DOMINGOS, delegado