Justa revolta popular
Aqueles que deveriam ser os homens mais responsáveis do país, com responsabilidades ainda maiores diante desta pandemia que a todos afeta, na ameaça à saúde, à Economia, ao emprego,àp az social, vivem em outro mundo que não o real. Como todos são funcionários públicos, ou donos de mandatos nos legislativos, não percebem a dimensão das dificuldades crescentes que o Brasil vive, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, dos menos favorecidos aos mais ricos. Exceto, claro, os marajás da área pública, comoé ocaso do Judiciário.
A sociedade, perplexa e desorientada, nem sempre bem-informada e de bom senso, se deixa levar por pensamentos e ações radicais, frequentemente transmitindo sentimentos menores, como ódios, preconceitos, prejulgamentos. Querem acabar de qualquer maneira coma cordialidade que marcou a formação de nosso povo, na igualdade racial, religiosa. A desigualdade na Economia é grande, tanto quanto à responsabilidade do povo que vota equivocado e dos eleitos, que nunca promoveram aprioridade na Educação e formação profissional, único meio de vencer os baixos salários, que são decorrência do despreparo e da baixa produtividade entre nós.
Mas os ativistas acham que o dinheiro cai do céu ou que o empresariado tem ainda como piorar para sustentar essa máquina pesada, cara, injusta e ineficiente. Neste momento, apauta nacional deverias eateràl ut apelas vacinas, que andam escassas, eà votação das reformas, para que tenhamos um mínimo de chance de nos recuperar do baque econômico, gerador de uma dívida que vai travar o investimento púbico por muitos anos. Mas sobrevivem as resistências à atração do capital externo e da poupança interna. A inoportuna troca de comando na Petrobras foi o desastre da semana nos mercados.
A mídia, em geral – inclusive a digital, que permite acesso ao noticiário –, fez da sociedade mais informada e com maior percepção do drama que vivemos. Percebe-se a revolta contra o desvio de conduta de todos. Uma leitura rápida dos jornais mostra que a pauta nacional está voltada para as bobagens que um desqualificado parlamentar andou falando para um público insignificante, como se fosse questão do mais alto interesse nacional.
A segunda preocupação é com o novo auxílio emergencial, que tem nobre inspiração, mas que vai agravar o endividamento público, ameaçar a estabilidade e que poderia ser algo em menos tempo, uma vez que, em se querendo, as vacinas viriam, incluindo o setor privado, fundamental para a imunização que pode deter o vírus. No mais, este martelar monótono de críticas a um governo que, gostem ou não dele, está trabalhando bem e com poucos recursos. O caso do leite condensado é emblemático, pois as quantidades são as mesmas há anos e justificadas, mas foi tema de destaque há algumas semanas.
O povo está atento. Mas sofre. Perigo para a democracia não são as palavras dos bobocas, como o infeliz deputado, mas sim essa exibição de insensibilidade e irresponsabilidade dos que travam os avanços na luta pelo crescimento e pela imunização.
E criam crises. Vamos pressionar!