CORRENTES DO PSOL NO RIO DIVERGEM SOBRE ESTRATÉGIAS E CANDIDATURAS PARA 2022
Forças políticas dentro do PSOL do Rio de Janeiro estão agitadas. Um grupo, aparentemente majoritário, é a favor de construir frente ampla que atraia o centro democrático para derrotar o bolsonarismo no estado. Outro grupo, psolista mais radical, é contra esta “frente” e defende chapa puro-sangue. A primeira corrente, que considera natural uma aliança com o PT no Rio - e possível apoio a Lula no plano nacional -, tem o deputado Marcelo Freixo como principal líder. O outro grupo traz como cabeça o deputado federal Glauber Braga. Ele dá como certo o apoio de Luciana Genro, Vivi Reis e David Miranda. Todos pertencem à corrente do PSOL chamada Movimento Esquerda Socialista (MES).
SETEMBRO
O MES não aceita diálogo com os moderados. Um dos documentos recentes do grupo explica a posição. “Diante da catástrofe, urge responder aqui e agora. A necessidade de enfrentar Bolsonaro é imediata. Não podemos esperar 2022. Portanto, o centro de nossa tática e agitação é o enfrentamento ao governo de todas as formas possíveis”. A verdade é que as discussões mais acaloradas vão continuar até setembro quando acontecerá o congresso do partido que definirá qual rumo seguir. Procurado para saber como reage à pressão contra sua candidatura ao governo do Estado, Marcelo Freixo responde com tranquilidade: “Vejo com naturalidade. Todo militante tem direito de se colocar como pré-candidato. Cabe ao partido fazer o debate democrático”, disse Freixo.
Todo militante tem direito de se colocar como précandidato”
MARCELO FREIXO Deputado do PSOL