Escapou da favela vestido de mulher
Chefe do tráfico no Jacarezinho, Fred ordenou ataque que matou agente.
APolícia Civil abriu inquérito para apurar se a ordem do ataque contra os agentes envolvidos na operação do Jacarezinho, na última quinta-feira, teria partido do traficante Felipe Ferreira Manoel, o Fred do Jacarezinho. Ele teria conseguido fugir vestido de mulher. Na ocasião, três policiais civis foram baleados. A ação é apontada como a mais letal da história do Rio e terminou com 28 mortos, entre eles policial da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD).
Segundo investigações, o traficante escapou do cerco da Operação Expertis vestindo roupas de mulher. A polícia acredita que ele esteja refugiado na comunidade do Mandela, vizinha ao Jacarezinho. Fontes da polícia apontam o traficante como o principal suspeito de ter atirado contra os policiais.
Apesar do posto de liderança, Fred não estava entre os alvos da operação da semana passada. O inquérito final da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) concluiu que 21 traficantes estavam recrutando crianças e adolescentes para o mundo do crime.
Fred do Jacarezinho, segundo a polícia, é alvo de investigação em diversos
Criminoso é acusado de tráfico de drogas, roubos, exploração de comércio ilegal e homicídios
crimes, como tráfico de drogas, roubos, exploração de comércio ilegal e homicídios, entre eles o assassinato do PM Michel Falcão, em 2017, durante troca de tiros entre traficantes e policiais da UPP Jacarezinho.
De acordo com a polícia, após a prisão do traficante Marcus Vinícius da Silva, o Lambari, Fred e o comparsa
Adriano de Souza Freitas, o Chico Bento, assumiram o posto de chefia no Jacarezinho. Sandra Helena Ferreira, a Sandra Sapatão, também é acusada de comandar o tráfico na localidade.
Fred, Chico Bento e Sandra Sapatão são considerados foragidos da Justiça. O Portal dos Procurados, vinculado ao Disque-Denuncia, oferece recompensa por informações que acarretem nas prisões. No caso de Fred, o valor chega a R$ 1.600.
A operação no Jacarezinho também está sendo investigado por uma força-tarefa do Ministério Público. A criação do grupo foi anunciada na última terça-feira. A força-tarefa, que é coordenada pelo promotor André Luís Cardoso, vai apurar a conduta dos policiais durante a ação. O prazo para conclusão dos trabalhos é de quatro meses.